
Eleição norte-americana está marcada 5 de novembro. Um dos lemas principais da campanha de Kamala é “terminar o trabalho” que Biden começou e não concluiu. Trump, por sua vez, afirma que planeja retornar à Casa Branca e realizar o que não conseguiu durante seu primeiro mandato Montagem de fotos com Trump e Kamala
Umit Bektas e Elizabeth Frantz/Reuters
A atual vice-presidente dos Estados Unidos Kamala Harris substituiu o presidente norte-americano Joe Biden na chapa presidencial para as eleições deste ano, que estão marcadas para 5 de novembro. A disputa será principalmente contra o republicano Donald Trump.
Um dos lemas principais da campanha de Kamala é “terminar o trabalho” que Biden começou e não concluiu;
Trump, por sua vez, afirma que planeja retornar à Casa Branca e realizar o que não conseguiu durante seu primeiro mandato (que foi de 2017 a 2020).
Desde que Biden deixou a candidatura, a vice anunciou propostas focadas em: evitar aumento nos preços de alimentos; planos para cortar impostos para famílias; reduzir os preços de compra de imóveis e aluguéis e diminuir as dívidas dos norte-americanos com saúde.
Kamala também usou um comício recente em Las Vegas para pedir o fim dos impostos sobre gorjetas pagas a funcionários de restaurantes, hotéis e outros serviços. A mesma proposta foi defendida por Trump, também em Vegas, mas um mês antes da candidata democrata.
Embora os detalhes das propostas dos candidatos ainda sejam bastante vagos, não há dúvida de que quem vencer em novembro tentará moldar a vida norte-americana de maneira totalmente distinta de seu oponente.
Veja a posição de cada candidato sobre 10 assuntos diferentes:
Aborto
Questões climáticas
Ataque em Capilótio
Governo Federal
Imigração
Israel e Gaza
Questões LGBTQ+
OTAN
Tarifas e proibições comerciais com asiáticos
Impostos e benefícios
Aborto
Questões climáticas
Ele também prometeu sair novamente dos Acordos Climáticos de Paris, acabar com os subsídios eólicos e eliminar regulamentações impostas e propostas pelo governo Biden.
Ataque em Capitólio
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Governo federal
Ela também faz parte de um grupo que já está tomando medidas para dificultar a ocorrência de demissões em massa de servidores públicos. Em abril, o Escritório de Gestão de Pessoal dos Estados Unidos (OPM) emitiu uma nova regra que proibiria funcionários federais de serem reclassificados como políticos ou outras nomenclaturas que os tornaria mais fáceis de serem demitidos.
Isso foi em resposta ao Anexo F, uma determinação de Trump que renomeou milhares de funcionários federais para uma categoria que facilitaria a demissão deles.
Ele diz que então demitiria “burocratas desonestos”, incluindo aqueles que “transformaram nosso sistema de justiça em armas”. Trump também prometeu encerrar o Departamento de Educação e quer restringir a independência de agências reguladoras como a Comissão Federal de Comunicações.
Imigração
No início de seu mandato, Biden fez de Kamala a pessoa de contato de sua administração sobre as causas básicas da migração. Trump e os principais republicanos agora a culpam pela atual situação na fronteira EUA-México, que eles dizem estar fora de controle devido a políticas que eram muito brandas.
A democrata tenta combater argumentando que Trump foi quem se manifestou contra um acordo bipartidário que pretendia regular a entrada de imigrantes nas fronteiras com o México.
Ele também pretende reviver e expandir a proibição de viagens de cidadãos de sete países, sendo eles de maioria muçulmana.
Israel e Gaza
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Questões LGBTQ+
O republicano afirmou ainda que tomaria medidas punitivistas contra qualquer professor ou funcionário de instituições de ensino que “sugerissem a uma criança que ela poderia estar presa no corpo errado”.
Trump apoiaria uma proibição nacional de intervenção hormonal ou cirúrgica para menores transgênero e barraria pessoas trans de participarem do serviço militar.
OTAN
Ele afirmou, sem explicação, que será capaz de acabar com a guerra antes de sua posse, trazendo ambos os lados à mesa de negociações.
Sobre a OTAN, ele tem atacado os países-membros por anos por não atingirem as metas de gastos militares acordadas. Trump chamou a atenção este ano quando disse que, como presidente, ele havia alertado os líderes de que não apenas se recusaria a defender as nações que não atingissem essas metas, mas “encorajaria” a Rússia “a fazer o que diabos quisesse” com os países que são “delinquentes”.
Tarifas e proibições comerciais com asiáticos
Biden, por exemplo, endossou uma triplicação de tarifas sobre o aço chinês, uma medida que protegeria os produtores dos EUA de importações mais baratas. Em maio, o governo Biden-Kamala disse que aumentaria a taxa de tarifa sobre aço e alumínio de 7,5% para 25%.
O atual presidente também disse que se opõe à proposta de aquisição da US Steel pela japonesa Nippon Steel, porque é “vital que ela continue sendo uma empresa siderúrgica americana de propriedade e operação doméstica”.
As penalidades aumentariam se os parceiros comerciais manipulassem suas moedas ou se envolvessem em outras práticas comerciais desleais. Ele também pediria ao Congresso que aprovasse uma legislação dando ao presidente autoridade para impor uma tarifa recíproca a qualquer país que imponha uma aos EUA.
O republicano propôs eliminar gradualmente as importações chinesas de bens essenciais, incluindo eletrônicos, aço e produtos farmacêuticos, e quer proibir empresas chinesas de possuírem infraestrutura dos EUA em setores como energia, tecnologia e terras agrícolas.
Impostos e benefícios
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Ela também quer oferecer um novo crédito de US$ 6 mil para aqueles com recém-nascidos e cortar impostos para uma parte dos trabalhadores da área da saúde.
A democrata afirma ainda que seu governo expandirá os créditos tributários para compradores de imóveis pela primeira vez e pressionará para construir 3 milhões de novas unidades habitacionais em quatro anos.
Ao mesmo tempo, a candidata planeja eliminar impostos sobre gorjetas e endossa impostos mais altos sobre corporações. Essa última parte reflete o atual governo, que propôs aumentar a alíquota do imposto corporativo para 28% e o imposto mínimo corporativo para 21% – como uma questão de “justiça fundamental”, que trará mais dinheiro para investir nos americanos.
Esses elementos permanecerão até que uma nova lei os altere, mas muitos outros cortes de impostos no pacote de Trump caducarão.
O republicano afirma que quer reduzir ainda mais a taxa de imposto corporativo — para até 15% — e revogar quaisquer aumentos de impostos que ocorreram sob Biden. Trump também prometeu eliminar impostos sobre renda de gorjetas — embora isso provavelmente exija aprovação do Congresso.