Chips da Apple apresentam falhas. O que pode acontecer?

Os chips da Apple de alguns dispositivos apresentaram falhas e preocuparam os usuários.

A descoberta de falhas em aparelhos eletrônicos de grandes empresas é algo que gera preocupação, especialmente quando envolve segurança e privacidade. Em tal sentido, recentemente, chips da Apple foram alvo de pesquisas que revelaram vulnerabilidades críticas. Desse modo, tais problemas afetam diversos aparelhos e levantam questões acerca de possíveis consequências e de como os usuários podem se proteger.

Logo, neste texto, explicaremos o que pode acontecer devido às falhas dos chips da Apple e também quais são os aparelhos afetados por elas. Em conjunto a isso, iremos listar algumas medidas que os usuários devem adotar para se proteger das possíveis ameaças, bem como refletir sobre algumas lições que podem ser aprendidas com esse ocorrido.

O que pode acontecer devido às falhas dos chips da Apple?

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia e da Universidade Ruhr Bochum foram os responsáveis por identificar vulnerabilidades nas CPUs dos chips da Apple das séries A e M.

Sendo assim, essas falhas permitem ataques de canal lateral, explorando informações vazadas durante o uso normal do dispositivo, como por exemplo consumo de energia ou tempo de processamento. Os ataques, denominados FLOP e SLAP, utilizam essas informações para acessar dados confidenciais.

Dessa maneira, entre os dados que podem ser comprometidos estão informações de login, mensagens e outros conteúdos sensíveis. Nesse sentido, os ataques afetam especialmente usuários que utilizam navegadores como Chrome e Safari para acessar serviços.

Entre eles estão: Gmail, Google Maps, iCloud Calendar e Proton Mail. Apesar de a técnica ser sofisticada, ela representa um risco significativo, sobretudo para os utilizadores que lidam com dados confidenciais em seus dispositivos.

Juntamente com isso, a natureza dessas vulnerabilidades é algo que torna difícil detectar invasões, já que elas não exigem interação direta do usuário. Isso significa que um invasor pode obter acesso sem que a vítima perceba imediatamente que tal processo esteja acontecendo.

As falhas nos chips da Apple das séries A e M possibilitam que hackers tenham acesso à informações sensíveis dos usuários de alguns dispositivos da marca.
As falhas nos chips da Apple das séries A e M possibilitam que hackers tenham acesso à informações sensíveis dos usuários de alguns dispositivos da marca. | Foto: DALL-E 3

Quais são os aparelhos afetados pelas falhas dos chips da Apple?

Os dispositivos afetados pelas vulnerabilidades dos chips da Apple incluem uma ampla gama de produtos que a empresa lançou durante os últimos anos. Abaixo, está a lista com todos eles:

  • MacBooks Air e MacBook Pro: todos os modelos que foram lançados a partir do ano de 2022;
  • Mac Mini, iMac, Mac Studio e Mac Pro: todos os modelos lançados do ano de 2023 em diante;
  • iPads Pro, Air e Mini: todos os modelos com lançamento desde o mês de setembro de 2021;
  • iPhones: todos os modelos que a marca disponibilizou a partir do mês de setembro de 2021;

Na sequência, os pesquisadores que descobriram a falha nos chips da Apple informaram a empresa, junto com a sugestão de possíveis soluções. Em resposta, a marca afirmou que as vulnerabilidades não representam um risco imediato.

Porém, ela garantiu que os patches de segurança estão em processo de desenvolvimento com o intuito de corrigir os problemas que foram descobertos. Ainda assim, a ampla variedade de dispositivos atingidos ressalta a importância de os usuários permanecerem atentos às atualizações de software.

Finalmente, apesar das garantias da Apple, o incidente destaca a vulnerabilidade de até mesmo as tecnologias mais avançadas. Por isso, é fundamental que os usuários acompanhem as notícias relacionadas e sigam boas práticas de segurança para minimizar riscos enquanto aguardam as atualizações oficiais.

Medidas que os usuários devem adotar para se proteger das ameaças

Durante o tempo no qual a Apple trabalha nas correções das falhas do chips, os usuários dos dispositivos afetados podem tomar algumas precauções com o intuito de proteger seus dados e minimizar possíveis impactos. Assim, as principais medidas incluem:

  1. Manter os dispositivos atualizados: instale as versões mais recentes do sistema operacional no momento em que estiverem disponíveis. Isso se deve ao fato de que atualizações frequentes incluem melhorias de segurança que podem reduzir vulnerabilidades;
  1. Evitar o acesso à sites desconhecidos: não clique em links que sejam suspeitos ou visite páginas de procedência duvidosa, pois essas ações podem aumentar a exposição do usuário ao ataque de hackers;
  1. Utilizar senhas fortes e únicas: combine caracteres especiais, números e também letras maiúsculas para criar senhas robustas e difíceis de serem descobertas;
  1. Ativar a autenticação de dois fatores (2FA): sempre que possível, use essa camada adicional de segurança com o intuito de proteger as suas contas online;
  1. Monitorar regularmente as contas: fique atento a atividades suspeitas em contas que estejam vinculadas aos seus dispositivos, como por exemplo tentativas de login desconhecidas;

Por fim, vale ressaltar que tais práticas não apenas reduzem os riscos associados às vulnerabilidades descobertas, mas também promovem uma postura mais segura em relação ao uso de dispositivos eletrônicos no geral. Além disso, manter-se informado sobre atualizações e orientações da Apple é crucial nesse momento.

Lições a aprender com esse ocorrido

O caso das falhas nos chips da Apple é algo que traz lições importantes tanto sobre segurança cibernética quanto sobre a necessidade de um esforço conjunto entre empresas e consumidores para reduzir riscos.

Em primeiro lugar, a tecnologia, por mais avançada que seja, não é infalível. Por isso, os fabricantes devem investir continuamente em pesquisa, desenvolvimento e auditorias de segurança para identificar e corrigir vulnerabilidades antes que sejam exploradas por indivíduos com más intenções.

Já para os consumidores, o incidente reforça a importância de hábitos digitais que sejam responsáveis. Ou seja, manter os dispositivos atualizados, usar senhas fortes e adotar práticas de segurança são atitudes que reduzem a exposição a riscos. Do mesmo modo, é essencial compreender que nenhuma empresa ou dispositivo está imune a ameaças, mesmo marcas consolidadas como a Apple.

Em suma, o episódio dos chips da Apple evidencia a necessidade de colaboração entre pesquisadores e indústrias para melhorar a segurança cibernética. Adicionalmente, a divulgação responsável de falhas e a implementação rápida de correções são passos fundamentais para proteger os usuários. Por último, essa situação também é um lembrete de que a conscientização e a prevenção são fundamentais para lidar com ameaças digitais.

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