“Nunca vi”: De onde veio o cachorro que invadiu jogo do Grêmio no Estádio do Vale?

O Grêmio goleou o Monsoon na noite de quarta-feira (29) no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo, mas quem realmente deu um baile e tirou o fôlego da torcida foi um cachorro. Isso mesmo, o Dogsoon, como foi apelidado durante a transmissão do jogo que o Tricolor venceu por 3 a 0, pela terceira rodada do Campeonato Gaúcho, teve seus minutos de fama após entrar em campo aos 35 minutos do segundo tempo e “driblar” uma das gandulas, até finalmente ser capturado.

Cachorros no Estádio do Vale | abc+



Cachorros no Estádio do Vale

Foto: Gabriel Stöhr/GES Especial

Os cachorros em campo já são tradição no futebol aqui no Rio Grande do Sul e também do resto do País, por isso, naturalmente, o cachorrinho viralizou na Internet e muita gente quis saber de onde ele veio. Então, nesta quinta-feira (30), um dia após o jogo do Gauchão, a reportagem foi até a casa do Noia para ver o que se sabe sobre a estrela da noite anterior.

Segundo os funcionários do estádio, realmente existem cachorros que o clube adotou e mantém por lá, mas o Dogsoon não é um deles. O “faz tudo” do Vale, Odilon José da Costa, o Nenê, como é conhecido pelos colegas, contou que os quatro pets que o clube toma conta estavam com ele durante a partida. “Temos duas fêmeas e dois machos, mas aquele lá a gente não conhece mesmo”, relatou.

Ele conta também que no terreno ao lado do estádio muitos cachorros são abandonados, e por isso é comum que quem frequenta o local veja os animais por lá. Inclusive, outros funcionários acabam adotando-os e levando para casa.

Esse é o caso de Sabrina Pereira de Oliveira, secretária das categorias de base do Anilado, que dos sete pets que tem na sua residência, três vieram do Vale. São eles a Pipoca, a Luna e o Resgate, que tem esse nome porque foi resgatado durante as enchentes de maio do ano passado. Já Luna, filhote da Preta, é xodó do Nenê e que o acompanha por onde vai nas dependências do Novo Hamburgo.

Seu Nenê e a cadela Preta no Estádio do Vale | abc+



Seu Nenê e a cadela Preta no Estádio do Vale

Foto: Gabriel Stöhr/GES Especial

Vizinhos também ajudam

Por conta dos abandonos que acontecem ao lado, alguns vizinhos também acabam adotando os bichinhos em situação de rua. Assim faz com frequência a empresária Sônia Regina, que tem uma estética de pets na rua em frente a estrada principal do estádio. “Sempre que podemos a gente ajuda. A Lara, por exemplo, a gente adotou, castrou e ia colocar para adoção, mas meu marido se apegou”, disse Sônia, que agora tem a Pretinha como parte da família.

Sônia adotou a cadelinha Lara, a Pretinha | abc+



Sônia adotou a cadelinha Lara, a Pretinha

Foto: Gabriel Stöhr/GES Especial

Outra pessoa da vizinhança que faz a diferença na vida dos bichinhos é Marines de Oliveira. Ela, que mora com as duas irmãs ali pertinho, já é conhecida por tratar os animais das ruas. “O pessoal abandona lá no lado do estádio, aí como sabem que eu ajudou, os vizinhos até me dão alguns sacos de ração para apoiar”, conta.

No entanto, também há os que são contra. “Já coloquei casinha para eles três vezes, mas tem gente que não gosta porque eles latem, aí vão lá e destroem, mas mesmo assim eu deixei umas tábuas escoradas para proteger eles da chuva”, relatou.

Marines de Oliveira cuida dos cachorros nos arredores do Estádio do Vale | abc+



Marines de Oliveira cuida dos cachorros nos arredores do Estádio do Vale

Foto: Gabriel Stöhr/GES Especial

Sobre o “invasor” da partida do Gauchão, ela disse que “conheço boa parte dos cachorros que andam aqui pelas ruas, e aquele nunca vi. Pode ser que seja de alguém aqui perto, aí fugiu por causa do barulho dos fogos antes do jogo. Isso acontece muito”.

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