Relatório indica que equipe da torre de controle ‘não estava normal’ durante acidente aéreo em Washington, diz jornal

Documento preliminar analisou situação da equipe do Aeroporto Ronald Reagan no momento em que avião e helicóptero se chocaram. Informações foram divulgadas pelo ‘The New York Times’. Um relatório preliminar da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) indica que a equipe da torre de controle do Aeroporto Ronald Reagan “não estava normal” no momento da colisão entre um avião e um helicóptero. As informações foram reveladas pelo jornal “The New York Times”, nesta quinta-feira (30).
O acidente aconteceu na noite de quarta-feira (29), em Washington, D.C., e envolveu um avião da American Airlines e um helicóptero do Exército dos Estados Unidos. Ao todo, 64 pessoas estavam no jato e comercial, e três na aeronave militar. Não há sobreviventes, segundo as autoridades.
Segundo o The New York Times, os primeiros dados coletados pela FAA indicam que a equipe da torre de controle do aeroporto onde o avião deveria pousar “não estava normal para a hora do dia e o volume de tráfego”.
O jornal informou que, na quarta-feira (29), o controlador responsável pelos helicópteros nas proximidades do aeroporto também estava instruindo aviões que iriam pousar ou decolar do terminal. As operações deveriam ser conduzidas por pelo menos dois controladores, segundo a reportagem.
O The New York Times afirmou ainda que o fato aumentou a carga de trabalho do controlador, o que pode complicar as operações de instrução. Isso porque o funcionário usa frequências diferentes para se comunicar com pilotos de avião e de helicópteros.
Desta forma, segundo o jornal, os pilotos das duas aeronaves que se chocaram podem não ter se ouvido por meio da torre de controle, já que utilizavam frequências diferentes para se comunicar com o aeroporto.
A reportagem cita ainda que a torre do Aeroporto Ronald Reagan enfrenta problemas com falta de pessoal há anos. Relatórios recentes apontam que, enquanto a FAA e os sindicatos determinam uma meta de 30 controladores no local, apenas 19 estavam certificados em setembro de 2023.
Por fim, o jornal informou que alguns funcionários precisaram trabalhar até 10 horas por dia e seis vezes por semana diante da falta de pessoal.
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