Saiba quais são os sintomas silenciosos do câncer na vulva

Entre os diversos tipos de câncer ginecológico, como os que afetam o útero, ovário e colo do útero, o câncer da vulva é um dos menos conhecidos. Embora seja menos frequente, a falta de informação sobre essa doença pode resultar em diagnósticos tardios e tratamentos agressivos, impactando a qualidade de vida das pacientes.

Por que precisamos discutir o câncer da vulva?

O desconhecimento sobre essa doença muitas vezes leva ao atraso no diagnóstico, fazendo com que o tratamento seja realizado apenas em estágios avançados. Em alguns casos, a remoção total da vulva pode ser necessária. A informação e o debate sobre esse tipo de câncer são essenciais para ajudar na prevenção, uma vez que estima-se que até 69% dos casos poderiam ser evitados.

Além disso, falar sobre a doença contribui para a quebra de tabus em torno da anatomia feminina, permitindo que mais pessoas reconheçam sinais de alerta e busquem ajuda médica rapidamente.

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Quem está mais vulnerável?

Embora o câncer da vulva seja mais comum em pessoas idosas, tem sido cada vez mais diagnosticado em mulheres jovens, principalmente devido ao aumento das infecções por papilomavírus humano (HPV). A doença também pode estar associada a uma condição chamada líquen escleroso, que causa inflamação crônica na região genital.

O grupo de risco inclui pessoas com vulvas que já tiveram infecções pelo HPV, histórico de doenças dermatológicas na região, sistema imunológico comprometido e tabagistas. Como os fatores de risco são variados, é fundamental que todas as pessoas com vulvas conheçam os sinais da doença e realizem exames regulares.

Principais sintomas

Os primeiros sinais do câncer da vulva podem ser sutis e facilmente confundidos com problemas dermatológicos comuns. Entre os sintomas mais frequentes estão:

• Coceira persistente na vulva
• Dor ou sensação de queimação
• Manchas na pele da vulva (vermelhas, brancas ou escuras)
• Crescimento de nódulos ou inchaços semelhantes a verrugas
• Sangramento vaginal anormal entre os períodos menstruais
• Mudança no formato ou coloração de verrugas já existentes na região

Ao perceber qualquer um desses sinais, é essencial procurar um médico para uma avaliação detalhada.

O câncer da vulva no Brasil

Segundo o Ministério da Saúde, o câncer da vulva representa cerca de 5% dos cânceres ginecológicos diagnosticados no Brasil. Apesar de sua baixa incidência em comparação com outros tipos, ele pode ter impactos devastadores caso não seja detectado precocemente. Estima-se que, a cada ano, mais de 1.100 novos casos sejam registrados no país. A maioria dos diagnósticos ocorre em estágios avançados, reforçando a importância da conscientização e do acesso a exames preventivos.

Prevenção e diagnóstico precoce

A melhor forma de reduzir o risco de câncer da vulva é por meio da prevenção, o que inclui a vacinação contra o HPV, o uso de preservativos nas relações sexuais e a realização de exames ginecológicos regulares. O diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença, permitindo tratamentos menos invasivos e aumentando as chances de cura.

Manter-se informada e atenta aos sinais do corpo é essencial para a saúde ginecológica. O câncer da vulva pode ser raro, mas a conscientização pode salvar vidas.

Câncer ginecológico: a importância da atenção aos sintomas

Assim como o câncer da vulva, outros tipos de câncer ginecológico, como o de ovário, podem ser silenciosos e diagnosticados tardiamente. Segundo a matéria da Catraca Livre, reconhecer sinais como dor abdominal persistente e inchaço é essencial para um diagnóstico precoce. A conscientização sobre todas essas doenças é fundamental para a saúde feminina. Saiba mais aqui!