Câncer na vulva: atenção aos principais sinais e sintomas da doença

O câncer na vulva é uma neoplasia maligna que afeta a parte externa da genitália feminina, incluindo os grandes e pequenos lábios, o clitóris e a abertura da vagina e da uretra.

Estes são os sintomas do câncer na vulva

Embora seja considerado raro, representando cerca de 6% dos tumores ginecológicos, é fundamental estar atenta aos seus sinais e sintomas para um diagnóstico precoce.

Quais são os principais sintomas do câncer na vulva?

Os sintomas podem ser sutis e facilmente confundidos com outras condições menos graves. Os mais comuns incluem:

  • Coceira persistente: uma coceira que não melhora com o tempo pode ser um indicativo.
  • Alterações na pele: mudanças na cor ou textura da pele da vulva, como áreas mais espessas, ásperas ou com coloração diferente.
  • Lesões ou feridas que não cicatrizam: feridas, úlceras ou verrugas que permanecem por mais de um mês.
  • Nódulos ou caroços: protuberâncias palpáveis na região vulvar.
  • Dor ou sensibilidade: desconforto ou dor na área, especialmente se persistente.
  • Sangramento anormal: sangramento que não está relacionado ao ciclo menstrual.
  • Dor ao urinar: desconforto durante a micção.

É importante ressaltar que esses sintomas podem estar associados a outras condições menos graves. No entanto, caso algum desses sinais seja observado, é crucial procurar um médico para avaliação.

Fatores de risco

Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer na vulva, como:

  • Idade avançada: a maioria dos casos ocorre em mulheres com mais de 70 anos.
  • Infecção pelo HPV: o papilomavírus humano está associado a diversos cânceres ginecológicos, incluindo o de vulva.
  • Tabagismo: fumar aumenta o risco, especialmente em mulheres infectadas pelo HPV.
  • Imunossupressão: condições que enfraquecem o sistema imunológico podem elevar o risco.
  • Doenças de pele: condições como o líquen escleroso atrófico estão associadas a um maior risco.
  • Histórico de cânceres ginecológicos: mulheres com histórico de câncer de colo do útero ou outras neoplasias ginecológicas podem ter um risco aumentado.

A prevenção inclui evitar fatores de risco modificáveis, como o tabagismo, e adotar medidas de proteção contra o HPV, como a vacinação e o uso de preservativos.

Como é feito o diagnóstico do câncer na vulva?

O diagnóstico geralmente ocorre após a identificação de alterações suspeitas durante um exame físico. Para confirmar a presença de câncer, é realizada uma biópsia da área afetada.

Não existem exames de rastreamento específicos para o câncer na vulva, por isso, a detecção precoce depende da atenção aos sintomas e da procura por atendimento médico diante de qualquer anormalidade.

Tratamento

O tratamento depende do estágio e tipo do tumor, bem como das condições gerais de saúde da paciente. As principais abordagens incluem:

  • Cirurgia: remoção do tumor e, em alguns casos, de parte ou toda a vulva.
  • Radioterapia: utilização de radiação para destruir células cancerosas, podendo ser aplicada antes ou após a cirurgia.
  • Quimioterapia: uso de medicamentos para eliminar células cancerosas, geralmente em casos mais avançados ou quando a cirurgia não é viável.
  • Imunoterapia: uma alternativa em casos específicos, especialmente quando o câncer não responde bem a outros tratamentos. Esse método funciona estimulando o sistema imunológico da paciente a reconhecer e atacar as células cancerosas.

O prognóstico é melhor quando o diagnóstico é feito precocemente, com taxas de sobrevida em cinco anos estimadas em 86% para casos localizados.

Após o tratamento, o acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a saúde e prevenir possíveis recidivas da doença.

Como prevenir câncer na vulva?

É possível prevenir o câncer na vulva?

Embora não seja possível prevenir todos os casos, algumas medidas podem reduzir o risco:

  • Vacinação contra o HPV: a vacina protege contra os tipos de HPV mais associados ao câncer na vulva.
  • Práticas sexuais seguras: o uso de preservativos reduz a chance de infecção pelo HPV e outras doenças sexualmente transmissíveis.
  • Atenção a alterações na região genital: realizar autoexames regulares e procurar atendimento médico diante de qualquer anormalidade.

Manter hábitos saudáveis e realizar consultas ginecológicas periódicas são medidas fundamentais para a saúde íntima feminina.

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