Caso Graziely: Suspeito de envolvimento em assassinato de estudante é preso no interior do Acre


Prisão ocorreu em Mâncio Lima na tarde desta segunda-feira (27). Coautor do assassinato de Graziely Lima de Oliveira, de 19 anos, é o suspeito de ter desferido golpes de madeira na cabeça da vítima. Segundo suspeito de envolvimento no assassinato de Graziely Lima de Oliveira foi preso nesta segunda-feira (27) em Mâncio Lima
Arquivo/Polícia Civil
O segundo suspeito do envolvimento no assassinato da estudante de farmácia Graziely Lima de Oliveira, de 19 anos, no dia 17 de janeiro em Mâncio Lima, interior do Acre, foi preso nesta segunda-feira (27), 10 dias após o crime.Ele estava escondido na casa da sogra.
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O delegado Marcílio Laurentino, titular da Delegacia de Mâncio Lima, disse que as investigações já apontavam que havia uma terceira pessoa na cena do crime, já que foram encontradas três pares de sandálias, bem como duas facas e um pedaço de madeira.
Pedro Tarik, de 23 anos, ex-namorado da vítima e principal suspeito do crime, está preso desde o dia 18 de janeiro, depois de passar quase 24 horas foragido.
Pedro Tarik é o suspeito de ter matado Graziely Lima de Oliveira a facadas em Mâncio Lima, no Acre
Reprodução
Após novo interrogatório de Pedro Tarik, ele confessou a participação de um amigo. Então, na última quinta-feira (23), houve o pedido de prisão preventiva contra o suspeito de coautoria.
“A partir das investigações feitas por policiais desta delegacia e com um novo interrogatório feito no principal suspeito, que já está preso, ele confirmou que havia uma terceira pessoa na cena do crime, que seria seu amigo conhecido por K. Diante desse novo interrogatório, com essa nova versão apresentada pelo autor, bem como com os laudos que chegaram do Instituto de Criminalística, confirmam que realmente havia uma terceira pessoa na cena do crime”, falou.
Ainda de acordo com o delegado, ele foi encaminhado para Cruzeiro do Sul, onde será submetido à audiência de custódia. “Com isso, nós concluímos o inquérito policial com esses dois indiciados, que agora passarão a responder o processo judicial e finalizamos toda a investigação com o trabalho brilhante da Polícia Civil”, complementou.
Morte de Graziely Lima de Oliveira abalou moradores de Mâncio Lima, no interior do Acre
Reprodução/Instagram
Crime abalou Mâncio Lima
A vítima foi encontrada caída na rua pela irmã, que voltava da festa do próprio aniversário na madrugada de sexta (17). O suspeito desferiu cerca de 12 facadas na ex-namorada e ainda bateu na cabeça dela com um pedaço de madeira, o que a deixou desfigurada.
Havia a suspeita ainda de que a estudante tivesse sofrido abuso sexual. Contudo, o delegado Marcílio Laurentino disse ao g1 nesse sábado (18) que a vítima estava pronta para dormir quando o suspeito chegou até a casa dela e a chamou.
“A justiça tem que ser feita, ele tem que pagar por tudo. Além de amiga, peço isso como mãe também por que o que a dona Ivone [mãe da Graziely] está passando neste momento é horrível; como irmã porque os irmãos dela a amavam por ser uma pessoa maravilhosa, doce e gentil com todos”, lamentou a operadora de caixa Ketila Santos da Silva, de 22 anos, amiga da vítima.
Tatiane e a irmã Graziely, que foi morta a facadas em Mâncio Lima, no interior do Acre
Arquivo pessoal
Ao g1, a irmã da vítima, Tatiane Oliveira, que foi a primeira da pessoa da família ao ver o corpo da jovem, relatou que ele não aceitava o término e fazia ameaças. Graziely estava morando em Cruzeiro do Sul e foi a Mâncio Lima passar as festas de fim de ano e rever a família.
Ela lembra ainda que a irmã era uma pessoa fechada, que nunca relatou ter sofrido violências, mas que a família percebeu a situação. Graziely também não contou o motivo para o término, mas disse que o relacionamento não dava mais certo e que Tarik era muito ciumento.
“Ele disse para o delegado que tinha reatado, mas não reatou, ele mentiu. Eles não reataram. Ele nunca aceitou o fim deles dois. Está com um ano, eles terminaram em 2023. Ele vivia fazendo pressão mesmo. Mandava mensagem, aparecia aqui em casa do nada. Desde então, ele nunca deixou ela em paz, até ela ir para Cruzeiro do Sul. E agora que ela voltou pra cá, ele fez isso”, acrescentou. Isso não pode ficar assim, ele tem que pagar pior do que ele fez”, disse.
A PM do Acre disponibiliza os seguintes números para que a mulher peça ajuda:
(68) 99609-3901
(68) 99611-3224
(68) 99610-4372
(68) 99614-2935
Veja outras formas de denunciar:
Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato;
Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer delegacia de polícia;
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Secretaria de Estado da Mulher (Semulher): recebe denúncias de violações de direitos da mulher no Acre. Telefone: (68) 99930-0420. Endereço: Travessa João XXIII, 1137, Village Wilde Maciel.
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público;
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