Câncer cervical: 4 sintomas importantes para ficar atenta

Em alguns casos, o câncer cervical pode não causar sintomas óbvios

O câncer cervical, também conhecido como câncer do colo do útero, é o terceiro tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, após os tumores de pele não melanoma. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 17.010 novos casos por ano entre 2023 e 2025, representando uma taxa de incidência de 15,38 casos para cada 100 mil mulheres.

Este tipo de câncer é frequentemente causado pela infecção de certos tipos do Papilomavírus Humano (HPV), que afetam as células do colo do útero. Embora o HPV seja uma infecção comum, em alguns casos ele pode evoluir para um câncer cervical, especialmente quando não tratado. A seguir, entenda os sintomas e como se prevenir dessa doença.

Quais são os sintomas do câncer cervical?

Embora o câncer cervical possa se desenvolver sem apresentar sintomas, é essencial estar atento a alguns sinais que podem indicar a presença da doença. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Sangramento vaginal anormal: Pode ocorrer após a menopausa, durante ou após a relação sexual ou entre os períodos menstruais.
  • Alterações no corrimento vaginal: O fluxo pode mudar de cor, cheiro ou consistência.
  • Dor ou desconforto durante a relação sexual: Esse sintoma pode ser um indicativo de anomalias no colo do útero.
  • Dor nas costas ou no quadril: Desconforto persistente nessa região também pode estar relacionado a essa condição.

    É importante notar que, em muitos casos, o câncer cervical não apresenta sintomas evidentes até estar em estágios mais avançados.

Como diagnosticar o câncer cervical?

O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento eficaz do câncer cervical. O exame preventivo mais utilizado para detectar alterações nas células do colo do útero é o Papanicolau (ou citologia cervical). Mulheres devem realizá-lo anualmente, mesmo que não apresentem sintomas. O exame permite identificar células cancerígenas em estágios iniciais.

Caso o exame indique alterações, uma biópsia pode ser realizada para confirmar a presença de células malignas. É importante que o exame seja feito regularmente, pois quanto mais cedo o câncer cervical for detectado, maiores as chances de sucesso no tratamento.

O papel do HPV no câncer cervical

O HPV é o principal causador do câncer cervical. Este vírus é transmitido principalmente por meio de relações sexuais, e existem mais de 100 tipos diferentes. Alguns tipos de HPV, como os tipos 16 e 18, são responsáveis por até 70% dos casos de câncer cervical. A infecção por HPV pode ser silenciosa, ou seja, não causa sintomas e pode passar despercebida.

Embora a infecção pelo HPV seja comum, a maioria das mulheres que contraem o vírus não desenvolverão câncer cervical. No entanto, é essencial que as mulheres se protejam, utilizando preservativos e, quando indicado, recebendo a vacina contra o HPV. A vacina está disponível para meninos e meninas a partir dos 9 anos e pode ser adquirida na rede pública de saúde.

Fatores de risco e prevenção

Existem diversos fatores que podem aumentar o risco de desenvolver câncer cervical, como:

Início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros sexuais, que aumentam as chances de infecção por HPV.
Sistema imunológico comprometido, como em mulheres com HIV ou em tratamento imunossupressor.
Uso prolongado de anticoncepcionais orais, especialmente por mais de cinco anos.
Histórico familiar de câncer cervical, que pode indicar predisposição genética.
Exposição ao medicamento DES durante a gestação, usado para prevenir aborto espontâneo, também é um fator de risco.

A prevenção inclui a vacinação contra o HPV, o uso de preservativos e a realização de exames preventivos regulares, como o Papanicolau.

 

 
Tratamento do câncer de útero

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