Novo estudo aponta ligação entre esse vírus comum e o Alzheimer

Um estudo recente trouxe uma nova perspectiva sobre o Alzheimer, a forma mais comum de demência, que afeta milhões de pessoas todos os anos.

Ligação entre vírus comum e Alzheimer

Publicado na revista Alzheimer’s & Dementia, o trabalho sugere uma possível ligação entre o citomegalovírus (CMV), uma infecção viral bastante comum, e o desenvolvimento da doença.

Esse vírus é da família do herpesvírus, que infecta mais da metade da população adulta até os 40 anos. Geralmente, é assintomático ou causa sintomas leves, semelhantes a um resfriado, em pessoas saudáveis. Ele pode ser transmitido por fluidos corporais, como saliva, urina e sangue, e permanece latente no organismo após a infecção inicial. Apesar de raro, pode causar complicações graves em indivíduos com imunidade comprometida.

O que o estudo revelou?

Os pesquisadores analisaram tecidos de 101 doadores, sendo que 66 deles tinham Alzheimer. Em todos os pacientes com a doença, foram encontrados anticorpos contra o CMV em diversas partes do corpo, como o cérebro, intestinos, fluido espinhal e nervos vagos. Um segundo grupo independente de pessoas com Alzheimer apresentou resultados semelhantes.

Esses achados indicam que pode haver interações complexas entre o CMV e certas alterações no organismo, aumentando o risco de desenvolver a doença de Alzheimer.

No entanto, os cientistas enfatizam que a pesquisa não prova que o CMV causa Alzheimer, mas que pessoas que desenvolveram Alzheimer tinham mais probabilidade de ter contraído o vírus.

Então, o que essa descoberta significa?

Embora o estudo não estabeleça uma relação de causa e efeito, ele levanta novas questões sobre o papel de infecções virais no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.

Pesquisas futuras podem explorar mais profundamente como o CMV e outras infecções interagem com o sistema nervoso e se esses fatores podem ser alvos para prevenção ou tratamento.

Por ora, os especialistas continuam a recomendar cuidados gerais com a saúde, como boa higiene, alimentação saudável e exercícios físicos, que são formas comprovadas de ajudar a reduzir o risco de doenças como o Alzheimer.

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