Saiba mais do rap geek brasileiro que agitou o palco do festival Sana 2025

Aconteceu neste sábado (25), na feira de animes Sana, em Fortaleza (CE), o Festival Rap Geek. A apresentação reuniu artistas como TK Raps, Anirap, Player Tauz, MHRap, VMZ, Felícia Rock e VG Beats. Além disso, contou com a gravação de um DVD em homenagem aos 25 anos do evento.

O que é o rap geek, que agitou o Sana

O rap geek é um subgênero do rap com foco no universo geek, incluindo animes, por exemplo. Um de seus precursores é o artista Player Tauz, ou Fernando Dondé, de Nova Hamburgo (RS), criador do “Rap do Naruto”, de 2014, com mais de 57 milhões de visualizações no YouTube.

Em uma coletiva de imprensa, Tauz contou ao Giz Brasil a história inusitada de como iniciou sua carreira no rap. “Eu comecei há 10 anos, em 2014”, disse o rapper. “Na época eu entendi que, no YouTube, precisava ter uma certa frequência para as coisas darem certo. Na verdade eu não comecei com nada geek, comecei fazendo rap de games que era algo que eu curtia”, contou.

“Quando eu fiz o primeiro foi o som do Vegeta, de “Dragon Ball Z”, que é um personagem que sempre me inspirou e eu queria que meu canal tivesse um som dele. Depois a galera começou a pedir de outros personagens, outros animes que eu não conhecia. Aí eu tive que perder o preconceito e assistir. Comecei a gostar e a fazer de vários outros personagens. Eu percebi que a galera do meu canal estava curtindo muito mais os personagens do que os games”, concluiu.

O rapper paulista MHRap, ou Matheus Haleqis, disse que conheceu as músicas do colega de profissão através de um colega de escola, por volta dos 16 anos de idade. Mais tarde, em 2018, ele chegou a receber dicas do próprio ídolo, que o conheceu pela internet.

“Me peguei escutando muito uma música dessas e comecei a ver aquilo e falar ‘mano, acho que eu consigo fazer isso’. Só que recurso eu não tinha nenhum, usava celular… Aí comecei a fazer e tal, mas quando eu mostrava para os meus amigos era tipo ‘nossa, horrível’. Comecei a fazer com headset e ele falou: ‘tem que pegar o microfone’.

Representatividade feminina no rap geek

Outro destaque do rap geek no Sana, a cantora recifense Felícia Rock falou ao Giz sobre a experiência das mulheres no meio.

De acordo com a rapper, o ambiente é “predominantemente masculino, até hoje”. “Existem outras mulheres também no cenário, mas em relação a homens é pouco. Acho que tem muito pra melhorar ainda, sendo bem sincera. É questão do público abraçar mais. Daria para ir tão longe quanto um homem, em questão de apoio também”, opinou ela.

Felícia também afirmou que algumas artistas têm dificuldades para se manter na cena e pede que mais atenção do próprio público feminino.

“Muitas delas [rappers] não conseguem lançar muito no ano porque não tem o mesmo retorno, mas são pessoas muito talentosas. Não é tão simples, não é tão fácil, mas ao longo dos anos vem crescendo muito o número de pessoas interessadas, garotas conseguindo se destacar… Isso é muito bom, mas eu espero que melhore mais”, finalizou.

rap geek sana

VG Beats, Felícia Rock, TK Raps e VMZ. Imagem: Divulgação/Paulo Clareano

**A repórter Isabela Oliveira viaja a Fortaleza a convite da organização do evento

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