Comer semente de tomate causa pedras nos rins?

Esse fruto é uma fonte poderosa de licopeno, um antioxidante capaz de combater inflamações e reduzir o risco de doenças cardíacas – iSTock/Serhii Khrystenko

Certas crenças populares nos levam a desconfiar de alimentos que fazem parte do nosso cotidiano. Um exemplo clássico é o tomate. Muitos acreditam que suas sementes podem desencadear o temido problema das pedras nos rins. Essa suposição nasce da presença de uma substância chamada oxalato, capaz de se ligar ao cálcio e formar pequenos cristais – os cálculos renais. Mas será que isso se sustenta na ciência?

Afinal, semente de tomate causa pedra nos rins? 

Embora o oxalato seja, de fato, um dos principais responsáveis pela formação de pedras nos rins, especialistas garantem: não há evidências científicas de que as sementes do tomate, isoladamente, sejam vilãs dessa história.

O oxalato é um composto encontrado em diversos alimentos, incluindo o tomate como um todo, e não apenas em suas sementes. Ele pode se combinar ao cálcio presente na urina e formar oxalato de cálcio, o principal componente de cerca de 80% dos casos de pedras nos rins. No entanto, o tomate está longe de ser um alimento rico nesse composto.

Uma revisão publicada na Advances in Nutrition (2017) reforça essa ideia: alimentos com baixo teor de oxalato, como o tomate, dificilmente contribuem para a formação de cálculos renais, a menos que consumidos em quantidades exageradas e combinados com outras fontes ricas em oxalato, como espinafre, acelga, batata-doce e beterraba.

E quanto ao tomate? Ele é seguro?

Sim! Consumir tomate é seguro, e seus benefícios superam amplamente os riscos. Esse fruto é uma fonte poderosa de licopeno, um antioxidante capaz de combater inflamações e reduzir o risco de doenças cardíacas. Uma meta-análise publicada no American Journal of Clinical Nutrition (2016) destacou que o consumo de licopeno tem impacto positivo na prevenção de doenças crônicas e inflamatórias.

Para quem tem histórico de pedras nos rins, a dica é consumir o tomate na forma de molho. O cozimento reduz o teor de oxalato e aumenta em até 35% a biodisponibilidade do licopeno, tornando-o ainda mais benéfico. E mais: preparar o molho com azeite ou outra fonte de gordura saudável melhora a absorção desse antioxidante pelo organismo.

Prevenção é o melhor remédio

Se a preocupação é evitar cálculos renais, o segredo está no equilíbrio. Uma dieta variada, com ingestão moderada de alimentos ricos em oxalato, e uma hidratação adequada são fundamentais. Especialistas recomendam beber cerca de 35 ml de água por quilo corporal por dia, ajudando a diluir substâncias que poderiam se acumular na urina.

Portanto, da próxima vez que olhar para um tomate, lembre-se: ele é um aliado, não um inimigo. Aprecie-o com consciência, explore seus benefícios e mantenha seu corpo hidratado. Afinal, a saúde começa no prato e no copo.

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