Família de adolescente com paralisia cerebral arrecada recursos para comprar ar-condicionado em Canoas

“Você é o anjo da vovó”. É assim que a aposentada Marli Cardoso, 77 anos, passa um pano com água gelada no neto Arthur dos Santos Machado, 15, que tem paralisia cerebral. O calor de mais de 35°C que tem feito nesta semana em Canoas deixa o jovem desconfortável, afetando o sono e o bem-estar.

Para amenizar a situação de Arthur, a família está fazendo uma vaquinha online para comprar um ar-condicionado e outros itens para o neto. 

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Arthur dos Santos Machado tem paralisia cerebral e está fazendo uma vaquinha para comprar um ar-condicionado



Arthur dos Santos Machado tem paralisia cerebral e está fazendo uma vaquinha para comprar um ar-condicionado

Foto: Nicole Goulart/Especial

Na sala da casa que foi atingida pela enchente, no bairro Rio Branco, é rara uma brisa em razão da pouca ventilação. O único quarto da casa não é diferente. Para a avó, um ar-condicionado é o ideal para a saúde de Arthur. 

“Ele tem problema de suor, sua muito, e isso machuca as costas dele na cadeira. Estou sempre passando um pano para refrescar”, conta. O ar-condicionado que a família tinha foi perdido durante a enchente em maio do ano passado. O aparelho ajudaria a manter uma qualidade de vida do adolescente.

“Para ele vai ser essencial para poder dormir, ele não tá descansando mais. Ele passa o tempo todo na cadeira de rodas, no meu colo ou no do avô. Ele também fica na cama, mas não dá para ficar, sem condições. É muito quente para ele”, relata Marli. 

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A solução encontrada pela família para melhorar a situação nestes dias mais quentes é ficar na rua, onde é mais fresco. Acompanhado do avô, Altair do Santos, 78 anos, e da irmã Helena Machado, 13, o jovem se sente melhor. 

Mas, com isso, Arthur fica o dia inteiro sentado na cadeira, que já não é mais do seu tamanho. O adolescente de 15 anos ganhou o equipamento da Associação de Deficientes Físicos de Canoas (Acadef), que foi adaptada para não machucar suas pernas. 

Esta é uma outra demanda dos avós. “Uma cadeira do papai ou alguma coisa parecida para que ele fique deitado. Quando fica sentado, ele cansa muito. O Arthur tem um o osso do fêmur fora do lugar, vai precisar de cirurgia, então ele cai para os lados e fica torto na cadeira”, explica. 

Ajuda pontual

Os avôs ressaltam que possuem condições de prover o Arthur e que a ajuda com o ar-condicionado e a cadeira são questões pontuais em razão do alto custo. “Estou cuidando e criando eles há 8 anos. Estou sem essas condições agora devido à enchente. Imagina montar uma casa toda perdida”, comenta. 

“Estamos apenas pedindo uma ajuda porque a perda que tivemos foi muito grande. E queremos nos reerguer”, completa. 

Os interessados em ajudar o Arthur podem participar da campanha Ajuda para Arthurzinho

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