Queda de avião em Gramado completa um mês e região continua afetada; saiba o estado de saúde das feridas

Um mês e um dia após a queda do avião que deixou 10 mortos e 17 feridos na cidade de Gramado, o acidente área segue na memória da população. A aeronave de pequeno porte caiu por volta das 9h15 do dia 22 de dezembro na Avenida das Hortênsias. O destino era Jundiaí, interior de São Paulo.

Destroços de avião que caiu em Gramado. Foto do dia 23 de dezembro  | abc+



Destroços de avião que caiu em Gramado. Foto do dia 23 de dezembro

Foto: Mônica Pereira/ GES-Especial

Uma casa foi atingida, ela segue danificada. O local onde o avião caiu está com destroços espalhados, como madeira e concreto. Já a pousada, onde a aeronave acabou explodindo, não teve a estrutura comprometida, porém, mais de 30 dias depois, continua cercada por tapumes.

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O piloto, Luiz Claudio Galeazzi, era o proprietário do avião. Ele e membros da família morreram no acidente. Os fragmentos dos corpos das vítimas foram encaminhados ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) e não haviam sido liberados até esta quinta-feira (23).

Em relação aos feridos, as duas pacientes com queimaduras mais graves continuam internadas em hospitais de Porto Alegre. Valdete Maristela Santos da Silva, 51 anos, permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Cristo Redentor, mas não precisa da ajuda de aparelhos para respirar.

Outra paciente, Lizabel de Moura Pereira, de 56 anos, está no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS). Ela também permanece na UTI de queimados.

Relembre

Decolagem: Com destino a cidade de Jundiaí, em São Paulo, a aeronave — modelo Piper Cheyenne, de prefixo PR-NON — decolou do Aeroporto Regional de Canela às 9h12. Imagens chegam a mostrar o avião taxiando às 9h10. Naquele momento, havia chuva forte e neblina intensa.

Queda do avião: Cerca de um minuto após a decolagem, a aeronave teria perdido altitude e batido contra a chaminé de um edifício. Em seguida, atingiu o segundo andar de uma casa, uma pousada, a Floratta Premium, e uma loja de móveis — onde explodiu. A queda aconteceu na Avenida das Hortênsias, no bairro Avenida Central, do outro lado do Vale do Quilombo. Os destroços chegaram a ficar espalhados num raio de, aproximadamente, 100 metros.

Feridos: Inicialmente, o Corpo de Bombeiros informou que 15 pessoas haviam sido socorridas com vida e levadas para o Hospital Arcanjo São Miguel, em Gramado. A casa de saúde chegou a emitir um comunicado informando que só atenderia casos de urgência por conta da alta demanda. Foram, por fim, resgatados 17 feridos — desses, cinco receberam atendimento em Canela e já haviam sido liberados na metade da tarde de domingo. Entre eles há turistas e trabalhadores.

Transferência de feridos: Duas mulheres, uma turista e outra funcionária da pousada, sofreram queimaduras e foram transferidas para Porto Alegre, uma para o Hospital de Pronto Socorro e outra para o Hospital Cristo Redentor.

Morte de família: O acidente causou a morte de todas as pessoas que estavam no avião. Eram dez pessoas da mesma família. O dono da aeronave e piloto no momento do acidente era o empresário paulista Luiz Claudio Galeazzi, de 61 anos. Ele era CEO da Galeazzi & Associados e filho de Cláudio Galeazzi, ex-conselheiro do Pão de Açúcar, falecido em 2023.

Identificação das vítimas: Além dele, estavam no avião e não resistiram a esposa dele, Tatiana Natucci; as três filhas do casal, Maria Eduarda Niro Galeazzi, Maria Elena Niro Galeazzi e Maria Antonia Niro Galeazzi; a sogra de Galeazzi, Lilian Natucci; a irmã da esposa do empresário, Veridiana Natucci Niro; o marido dela e também diretor da Galeazzi & Associados, Bruno Cardoso Munhoz Guimarães Araújo; e os dois filhos deles, Giulia e Matteo. Todos eram moradores do estado de São Paulo e estavam na Serra gaúcha a passeio.

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