Cientistas acham evidências de mega dilúvio há 5 milhões de anos

O ensolarado Mar Mediterrâneo foi palco de um extremo mega dilúvio há 5,33 milhões de anos. De acordo com um estudo publicado no dia 28 de dezembro, o mega dilúvio Zancliano durou entre dois e 16 anos.

Além disso, o estudo revela que a vazão de água chegou a quase 100 milhões de metros cúbicos por segundo. Para entender porque o mega dilúvio de 5,33 milhões de anos atrás é “mega”, basta compararmos o nível de vazão.

Atualmente, o Amazonas é o rio com maior vazão do mundo, chegando a 224 mil metros cúbicos por segundo.Com esse número, a vazão do rio Amazonas consegue encher 83 piscinas olímpicas por segundo.

O dilúvio Zancliano , com a estimativa de seu nível de vazão, encheria 37 mil piscinas olímpicas por segundo!

Aaron Micallef, coautor do estudo, afirma que o Mega dilúvio Zancliano, com suas taxas de vazão e velocidade de fluxo, supera qualquer outro dilúvio da história.

Como aconteceu o mega dilúvio de 5 milhões de anos atrás

O Mediterrâneo fazia parte do vasto oceano de Tétis, que separava os supercontinentes Gonduana e Laurásia, mas atividades tectônicas encolheram o oceano.

Além disso, as placas tectônicas da África e da Eurásia se aproximaram, formando o Mediterrâneo. No entanto, entre 5,97 e 5,33 milhões de anos atrás, o Mar Mediterrâneo se isolou do Oceano Atlântico, gerando uma evaporação quase total da água.

Anteriormente, cientistas acreditavam que esse período de seca se encerrou de maneira gradual com a abertura do Estreito de Gibraltar, próximo à atual Espanha.

No entanto, em 2009, cientistas identificaram um canal de erosão entre o Golfo de Cádis e o Mar de Alborão (a parte mais ao oeste do Mediterrâneo), indicando que um mega dilúvio encheu o mar.

Agora, o novo estudo descreve como os pesquisadores descobriram mais evidências sobre um mega dilúvio através de análises de características geológicas na Sicília.

Cerca 300 rochas submarinas tinham padrões geomorfológicos indicando que um extremo mega dilúvio atingiu a superfície do Estreito da Sicília.

De acordo com os cientistas, que analisaram ondas sísmicas para descobrir uma soleira aquática no fundo do mar da Sicília, um canal serviu como um funil gigante para encher o Mediterrâneo.

Além disso, os pesquisadores afirmam que as águas percorriam velocidades de 115 km/h, formando canais profundos nas rochas.

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