Afogamentos no verão: Socorrista do Samu da região dá dicas para evitar acidentes na água

Nos dias quentes, uma das primeiras alternativas para se refrescar é aproveitar a água, seja em piscinas ou no mar. Entretanto, é preciso tomar cuidado, principalmente nos momentos de diversão. 

Durante o verão, o afogamento é uma das ocorrências que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da região mais atende, de acordo com o socorrista de São Leopoldo Adenildo Ribeiro.

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Veranistas se surpreenderam com a coloração da água do mar nos últimos dias de 2024 | abc+



Veranistas se surpreenderam com a coloração da água do mar nos últimos dias de 2024

Foto: Igor Müller/GES-Especial

No Brasil, cerca de 5,7 mil pessoas morrem por afogamento por ano, segundo dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa). No mundo, os óbitos crescem para quase 240 mil, conforme a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas-OMS).

Ribeiro, que há 10 anos trabalha com atendimentos do Samu entre Novo Hamburgo e SL, explica que há alguns erros comuns na hora de se divertir na água, que acabam colocando os banhistas em situações de risco e, por isso, devem ser evitados.

“Geralmente, o mais comum é subestimar a profundidade ou correnteza, excesso de confiança”, diz o socorrista. Seja em piscinas, águas, rios, cachoeiras e outros, ele pontua que é importante manter a prudência.

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Outros erros que os banhistas podem cometer, sem perceber ou saber, é prender a respiração por muito tempo na água, assim como ignorar as sinalizações ou regras locais e entrar na água após abusar de substâncias como álcool ou outras drogas.

No caso das crianças, a falta de supervisão é um dos motivos cruciais para acidentes. Dentre eles, também está o uso inadequado de boias nos pequenos ou outros equipamentos flutuantes.

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Como se manter seguro e evitar acidentes na água

Junto à enfermeira do Samu Laura Duarte, Adenildo Ribeiro deixa algumas dicas para que os banhistas possam evitar acidentes que possam levar aos afogamentos. Confira:

  • Em primeiro lugar, o melhor é conhecer o local antes de entrar na água;
  • Evite mergulhos perigosos;
  • Tome cuidado ao consumir álcool e outras drogas; 
  • Respeite os limites do corpo;
  • Supervisione as crianças e pessoas vulneráveis;
  • Use equipamentos de segurança;
  • Fique atento às condições do tempo;
  • Evite ter comportamentos de risco.

Além delas, Ribeiro pontua outras duas dicas muito importantes: “Aprenda primeiros socorros e chame ajuda quando necessário pelo 192 (Samu) ou 193 (Corpo de Bombeiros).” 

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Onde aprender primeiros-socorros

O socorrista explica que saber primeiros-socorros pode ajudar em momentos de emergência, e que a técnica pode ser aprendida em diversos locais. Por exemplo, há lugares oferecem cursos, como nos estabelecimentos do Serviço Social da Indústria (Sesi) da região.

Ele também afirma que há eventos, até mesmo gratuitos, oferecidos até por órgãos públicos. “Esteja atento às promoções de eventos do Samu, Corpo de Bombeiros, hospitais e unidades de saúde sobre primeiros-socorros e reanimação cardiorrespiratório”, lembra Ribeiro.

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O que fazer caso presencie uma situação de afogamento

“Manter a calma é fundamental, avaliar a situação com clareza e não entrar na água se não souber nadar ou se a correnteza for forte”, explicam Ribeiro e Laura sobre o que fazer assim que presenciar um acidente na água. “Peça ajuda imediatamente pelo 192 para atendimento médico urgente ou em salvamento aquático 193.”

Sem entrar na água, é preciso alcançar a pessoa usando um galho, cordas, bóias e até uma roupa. “Evite contato direto, pois uma pessoa em pânico pode te puxar pro funda da água”, alertam.

Tenha cuidado ao retirar a vítima da água, apoiando a cabeça ou pescoço dela, “especialmente se houver suspeita de trauma”. Assim que ela estiver fora da piscina, por exemplo, avalie a respiração e o pulso da pessoa. Se ela estiver respirando, deite-a de lado para evitar que aspire a água e a cubra com algo para que ela fique aquecida.

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Porém, caso a pessoa não esteja respirando e souber como, é preciso iniciar a reanimação cardiopulmonar (RCP), com 30 compressões no peito e 2 ventilações. Mas apenas se conhecer a técnica e se sentir seguro para fazê-la. “Evite métodos improvisados, como sacudir a vítima, apertar o abdome”, ressalta Ribeiro. Ele também pontua que jamais se deve oferecer alimentos ou líquidos à vítimas inconscientes.

Por fim, é preciso acompanhar a vítima até que o socorro esteja no lugar para ajudá-la. “Se for o caso, continue a RCP ou monitore os sinais de vida até que os profissionais cheguem no local”, afirma ele.

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