“Quem o orientou não fez leitura adequada do texto”, diz Rui Costa sobre críticas de Eduardo Leite a projeto das dívidas dos Estados

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, mencionou nesta quarta-feira (22), dois governadores que criticaram os vetos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao projeto de renegociação das dívidas dos Estados. Afirmou ter ligado para Eduardo Leite (PSDB-RS) e rebateu as falas de Romeu Zema (Novo-MG).

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Rui Costa

Foto: Wagner Lopes/Casa Civil

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“Até liguei ontem para o governador Eduardo Leite para esclarecer, porque que vi publicação dele no Instagram onde dizia que Rio Grande do Sul ia ter prejuízo de R$ 5 bilhões porque que governo federal teria modificado o benefício do ano passado nas enchentes para durante 3 anos o governo do Estado não pagar a dívida com a União”, disse o ministro nesta quarta.

Rui Costa afirmou que alguém havia dado orientações erradas ao governador gaúcho e que o benefício concedido não teve alterações.

“Liguei para tranquilizá-lo e dizer que alguém que o orientou não fez leitura adequada do texto. E que, se ele tivesse duvida, ou a procuradoria do Estado tivesse dúvida, poderia formalizar uma pergunta ao Ministério da Fazenda”, declarou o ministro.

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No caso de Romeu Zema, que costuma fazer oposição mais aberta ao governo federal Rui Costa usou palavras mais fortes.

“O governador de Minas veio a público reclamar, agredir, fazer ofensas, por causa de um dos artigos que o presidente vetou e ele entendia que estava prejudicando o Estado de Minas Gerais”, declarou o ministro. “O governador de Minas queria que o governo federal pagasse as dívidas de Minas com outros bancos privados e bancos internacionais em vez de só renegociar os débitos com a União”, disse Rui Costa.

“É como se um amigo chegasse para você e dissesse o seguinte: ‘Rapaz, eu estou lhe devendo um dinheiro. Dá para você me dar um desconto nessa dívida para eu poder pagar e parcelar em muitas vezes?’. E você diz: ‘Olha, você é meu amigo, eu vou quebrar seu galho, vou parcelar essa dívida e vou dar o desconto’. Aí você parcela, dá o desconto e ele diz: ‘Rapaz, você não é meu amigo não. Se você fosse meu amigo mesmo, pagava a dívida que eu tenho com mais cinco pessoas’. O que você tem a ver com a dívida que ele tem com mais cinco pessoas? É a mesma coisa”, declarou o ministro da Casa Civil.

Ele deu as declarações em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, do CanalGov, o veículo institucional do governo federal.

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