Exportação de frutas cresce 107% no Porto de Natal em 2024, diz Codern


Dados são em comparação com o ano de 2023, quando o terminal teve a saída da empresa CMA CGM, entõa maior operadora. Ao todo foram 135 mil toneladas exportadas. Porto de Natal, Ribeira Natal RN Rio Grande do Norte, Rio Potengi, Rocas, vista aérea
Sandro Menezes/governo do RN
O Porto de Natal registrou um aumento de 107% na exportação de frutas no ano de 2024 em comparação com 2023. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (20) pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), que gere o terminal.
De acordo com a Codern, ao todo foram exportadas 135.302 toneladas de frutas no ano passado.
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Em abril de 2023, o Porto enfrentou um crise após a saída da empresa francesa CMA CGM, então empresa com maior operação no Porto – ela passou a atuar no Porto de Mucuripe, em Fortaleza (CE).
A saída da gigante francesa representou um prejuízo estimado de cerca de R$ 5 milhões, com queda nas receitas estimada em 66% das operações do Porto de Natal, que, na época, ficou praticamente sem qualquer movimentação de navios de carga.
Em agosto de 2024, o Porto de Natal iniciou uma operação – que foi marcada pela ancoragem do navio panamenho Cool Carries – para exportar 6 mil toneladas de frutas por semana para a Europa. A operação tem previsão de ser concluída em fevereiro deste ano.
A empresa Agrícola Famosa passou a ser a principal operadora para exportação de cargas de frutas no Porto, usando navios frigoríficos, e com o armazenamento em pallets no terminal, ao invés de containers refrigerados, o que, segundo a Codern, diminuiu o desperdício de carga.
“Estamos vivendo um bom momento após o cenário negativo da saída da CMA CGM do Porto de Natal e a nossa expectativa é que esses números melhorem cada vez mais”, disse o diretor-presidente da Codern, Paulo Henrique Macedo.
Mudanças
Na época da saída do Porto de Natal para Mucuripe, a CMA CMG alegou que, entre os motivos para deixar o Porto de Natal, estava o início da operação com navios que tem 260 metros de comprimento, o que dificultaria as manobras de entrada e saída pela Foz do Rio Potengi.
Outra limitação que a empresa alegou foi a altura da Ponte Newton Navarro, por onde passam embarcações com até 220 metros de comprimento e 52 metros de altura – o vão livre da ponte, que foi inaugurada em 2007, tem 55 metros. Além disso, citou a falta de defensa da ponte – um proteção nas base das colunas que daria mais segurança à estrutura da ponte e as embarcaçõs em caso de acidentes.
Segundo a Codern, atualmente Rio Potengi está assoreado e é necessário fazer a drenagem do canal. A companhia informou que o projeto está previsto para ser executado em 2025 – a última manutenção no canal foi em 2009.
Outras obras de infraestrutura, segundo a Codern, também estão em andamento, como a modernização de galpões e armazéns e a instalação de uma usina fotovoltaica no porto. As obras possuem recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Em outubro do ano passado, o Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho esteve em Natal e assinou, ao lado do presidente Lula, o edital para obras nas defensas para Ponte Newton Navarro, em um investimento de R$ 50 milhões.
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