5 sinais de autismo na primeira infância; saiba como identificar

Os sinais variam muito de criança para criança e podem ser facilmente confundidos com características comuns do desenvolvimento infantil. – mariis/DepositPhotos

Reconhecer os primeiros indícios de autismo na infância é como encontrar as chaves para abrir portas fundamentais no desenvolvimento de uma criança. A detecção precoce é essencial, pois um diagnóstico tardio pode trazer impactos significativos em áreas cruciais como a aprendizagem e a socialização.

Por isso, a atenção aos pequenos detalhes no comportamento infantil se torna uma ferramenta poderosa. É através dessa observação cuidadosa que pais ou cuidadores podem buscar orientação especializada e iniciar intervenções no momento certo.

A importância da identificação precoce

“Detectar sinais de autismo nos primeiros três anos de vida é indispensável para proporcionar o suporte adequado. Embora o diagnóstico possa ser inicialmente desafiador, é importante lembrar que existem recursos e tratamentos para auxiliar a criança em seu desenvolvimento”, explica Nathalia Heringer, psicóloga com especialização em Neuropsicologia e Terapia Cognitivo-Comportamental.

O que é o autismo?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Transtorno do Espectro Autista (TEA) abrange uma série de condições caracterizadas por dificuldades na comunicação, interação social e padrões de comportamento atípicos. Isso pode incluir desafios como mudanças bruscas de rotina, foco excessivo em detalhes e reações inesperadas a estímulos sensoriais.

Embora esses sinais possam aparecer ainda na primeira infância, o diagnóstico muitas vezes ocorre apenas mais tarde, o que reforça a importância de uma observação atenta desde cedo.

O desafio de identificar sinais sutis

Detectar o autismo nos primeiros anos pode ser complicado. Os sinais variam muito de criança para criança e podem ser facilmente confundidos com características comuns do desenvolvimento infantil.

Por exemplo, enquanto algumas crianças podem apresentar atraso na fala, outras podem demonstrar dificuldades sociais mesmo sem déficits significativos na comunicação verbal. Além disso, comportamentos como brincar sozinho, não responder imediatamente a comandos ou exibir birras podem ser interpretados como “fases” normais da infância.

“Quanto mais cedo conseguimos identificar o autismo, maiores são as oportunidades de equipar as famílias com ferramentas e estratégias essenciais para apoiar a criança”, destaca Ariádny Abbud, psicóloga especializada em Terapia Cognitiva Comportamental.

Cinco sinais de alerta para pais e cuidadores

Especialistas do Instituto de Neuropsicologia e Psicologia Infantil (INPI) listam alguns dos sinais que podem indicar a presença do transtorno nos primeiros anos:

1 – Falta de contato visual:

Bebês com autismo podem evitar contato visual ou apresentar dificuldade em imitar expressões faciais e emocionais, comprometendo a interação social.

2 – Ausência de comunicação não verbal:

Mesmo antes de falarem, as crianças costumam usar gestos como apontar ou mostrar objetos. A falta desses comportamentos pode ser um indicativo importante.

3 – Comportamentos repetitivos:

Crianças podem apresentar padrões rígidos de brincadeiras ou fixação em determinados objetos, repetindo ações de forma consistente.

4 – Interesses restritos:

Fixações intensas em temas, brinquedos ou rotinas podem ser comuns, consumindo grande parte da energia e atenção da criança.

5 – Dificuldades motoras e sociais:

Atrasos no desenvolvimento motor, como engatinhar ou andar, associados a dificuldades em se engajar socialmente, são sinais que merecem atenção especial.

Estar atento a esses comportamentos não apenas ajuda a identificar o autismo mais cedo, mas também garante que a criança receba o suporte necessário para alcançar seu pleno potencial. Afinal, cada passo dado em direção ao diagnóstico é também um avanço no cuidado e no acolhimento.

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