Entenda por que esta habilidade é essencial para prevenir o Alzheimer

Um cérebro mais robusto pode expandir essa reserva cognitiva, segundo especialistas – Fidaolga/Depositphotos

A ciência trouxe uma descoberta fascinante: falar duas línguas ao longo da vida pode ser uma verdadeira academia para o cérebro.

Esse exercício mental parece fortalecer a chamada “reserva cognitiva”, funcionando como um escudo protetor contra o Alzheimer. Essas revelações foram publicadas na renomada revista Bilingualism: Language and Cognition.

Pesquisas anteriores já haviam apontado que pessoas bilíngues tendem a manifestar os sintomas do Alzheimer e de outras demências mais tarde do que os monolíngues.

A razão? Um cérebro mais robusto, fruto do treino constante de alternar entre dois idiomas, o que pode expandir essa misteriosa reserva cognitiva.

Agora, com o auxílio da neuroimagem, os cientistas foram ainda mais longe. Eles analisaram como os cérebros de bilíngues e monolíngues lidam com os desafios naturais do envelhecimento, especialmente em regiões associadas à linguagem e à memória.

O que os cérebros revelaram?

A pesquisa incluiu idosos saudáveis, mas também participantes com risco de Alzheimer ou já diagnosticados. Os resultados surpreenderam: nos bilíngues com Alzheimer, o hipocampo — a área cerebral crucial para memória e aprendizado — manteve-se significativamente maior do que nos monolíngues com condições semelhantes.

Esse dado é impressionante porque o hipocampo é uma das primeiras regiões a sofrer com o Alzheimer. Enquanto os monolíngues mostraram sinais claros de atrofia, mesmo nos estágios iniciais da doença, os bilíngues apresentaram um volume cerebral mais preservado, indicando uma espécie de “blindagem cognitiva”.

Por que esta habilidade ajuda a prevenir o Alzheimer? 

Essas descobertas reforçam a ideia de que manter o cérebro ativo é como investir em um seguro mental. Falar duas línguas parece ser uma forma poderosa de adiar os impactos de doenças neurodegenerativas.

Mas o bilinguismo não é a única chave para um cérebro saudável. Hábitos como uma alimentação equilibrada, exercícios regulares, evitar o cigarro, moderar o consumo de álcool e controlar a pressão arterial e o colesterol também são aliados essenciais para a saúde cerebral à medida que envelhecemos.

Em resumo, exercitar o cérebro, seja com idiomas ou com outros desafios, é um investimento que pode trazer benefícios inestimáveis. Afinal, cuidar da mente é cuidar da vida.

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