3 estratégias para reverter a Compulsão Alimentar Noturna

Conhecer as causas é um passo crucial para reestabelecer um relacionamento saudável com a alimentação – 
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Cada vez mais frequente, a compulsão alimentar não é apenas um desafio com a comida; ela pode carregar sentimentos profundos de vergonha, culpa e frustração.

Reconhecer suas causas é um passo crucial para restaurar um relacionamento saudável com a alimentação e cuidar do bem-estar integral.

O que é o Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica?

Imagine perder o controle diante da comida, consumindo grandes quantidades em um curto espaço de tempo. Essa é a essência do transtorno de Compulsão Alimentar Periódica (TCAP), uma condição caracterizada por episódios recorrentes de exagero alimentar, acompanhados pela sensação de incapacidade de parar.

Para um diagnóstico clínico, esses episódios precisam ocorrer ao menos uma vez por semana, durante três meses consecutivos, e devem ser acompanhados de pelo menos três dos seguintes comportamentos:

  • Comer mais rápido do que o habitual.
  • Continuar comendo até se sentir desconfortavelmente cheio.
  • Consumir grandes quantidades sem estar fisicamente faminto.
  • Preferir comer sozinho por vergonha da quantidade ingerida.
  • Sentir nojo, tristeza ou culpa logo após.

O que Desencadeia a Compulsão Alimentar?

Por trás da compulsão alimentar existe uma complexa combinação de fatores que pode envolver genética, biologia, meio ambiente e questões psicológicas. Vamos explorar:

1. Genética: A influência invisível

Certos genes, como o Taq1A, foram identificados como mais prevalentes em pessoas que vivem com o transtorno, segundo estudos da Nutrients. Isso sugere que alguns podem estar biologicamente mais predispostos a desenvolver a condição.

2. Biologia: Hormônios fora de sincronia

Desequilíbrios hormonais e alterações em neurotransmissores podem desregular a percepção de fome e saciedade, incentivando episódios de descontrole alimentar.

3. Ambiente: O peso do meio

A forma como crescemos e os hábitos alimentares que presenciamos influenciam profundamente nossa relação com a comida. Além disso, pressões sociais para se encaixar em padrões corporais irreais podem fomentar comportamentos alimentares extremos.

4. Psicologia: Emoções como gatilho

Sentimentos como tristeza, estresse ou até tédio muitas vezes encontram na comida uma válvula de escape. Perfeccionismo e dietas extremamente restritivas também podem criar um ciclo perigoso de privação e compulsão.

2 estratégias para Reverter a Compulsão Alimentar Noturna

1. Cultive hábitos alimentares consistentes

Adotar uma dieta equilibrada, rica em proteínas, fibras e gorduras saudáveis, é um primeiro passo para estabilizar os níveis de fome e saciedade. Evite alimentos ultraprocessados e repletos de açúcares refinados, optando por refeições regulares e nutritivas ao longo do dia.

Práticas de mindful eating — como saborear cada mordida devagar — também ajudam a evitar o excesso e a promover um maior controle.

2. Gerencie suas emoções com cuidado

Estresse e emoções intensas podem ser grandes vilões. Incorpore práticas como meditação e atenção plena para aumentar sua conexão com os sentimentos e reduzir impulsos.

O exercício físico, além de melhorar a autoestima, ajuda no controle do comportamento alimentar. Conforme destaca o Journal of Nutrition Education and Behavior, a prática regular reduz a frequência dos episódios de compulsão.

Se necessário, buscar apoio psicológico pode fazer toda a diferença. Terapias específicas, como a terapia cognitivo-comportamental, oferecem ferramentas eficazes para lidar com os gatilhos emocionais.

3. Construa um ambiente acolhedor

Criar um espaço de apoio é fundamental. Isso pode incluir familiares, amigos ou até grupos especializados, onde seja possível trocar experiências com pessoas que enfrentam desafios semelhantes.

Restaurar o equilíbrio com a comida é uma jornada que requer paciência, autocompaixão e suporte. Não hesite em buscar ajuda e priorizar sua saúde — física, mental e emocional. Afinal, a liberdade começa ao entender que você não está sozinho nesse caminho.

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