Shuhei Yoshida não aprovava investimento da Sony em jogos live service

Desde a última quarta-feira, o dia 15 de janeiro de 2025, Shuhei Yoshida não faz mais parte da Sony, empresa para a qual trabalhou por mais de 30 anos. Assim, ele finalmente está livre para falar publicamente sobre algumas das decisões da companhia com as quais não concorda — que incluem o investimento recente do PlayStation em jogos live service.

Em uma entrevista concedida ao Kinda Funny Games, Yoshida explicou que tomaria um caminho diferente para a empresa, caso ainda fosse chefe da Worldwide Studios, que assumiu entre os anos 2008 e 2019. Ele explicou que tentaria resistir às pressões para tentar crescer em um mercado que, embora lucrativo, também é bastante arriscado.

Yoshida inclusive aproveitou para brincar sobre o assunto, afirmando que sua resistência a ações do tipo fez com que ele perdesse o cargo importante dentro da divisão PlayStation. “Provavelmente não faria sentido parar de fazer outro God of War ou jogo single player, e colocar todo esse dinheiro em jogos como serviços ao vivo”, explicou.

Shuhei Yoshida explica situação atual da Sony

Yoshida também observou que, quando foi substituído por Herman Hulst, a Sony não tirou recursos de jogos single player. Na prática, o que a empresa fez foi aumentar os orçamentos da divisão PlayStation, mas os recursos adicionais foram totalmente direcionados à criação de live services.

“Tenho certeza que eles sabiam que era arriscado. A chance de um game se tornar bem-sucedido nesse gênero altamente competitivo seria pequena. No entanto, a companhia, sabendo desse risco, deu a Hermen os recursos e a chance de tentar fazer isso”, explicou. O ex-executivo da empresa também afirmou que acredita que isso é algo bom e torce para que a decisão traga bons resultados.

Ele também destacou que o sucesso de Helldivers 2 foi bastante positivo, embora tenha sido bastante inesperado para a maioria dos envolvidos. Antes de deixar a Sony, Yoshida passou os últimos anos viajando o mundo conhecendo o trabalho de estúdios independentes e dando o suporte de que eles precisavam para serem lançados.

Fonte: VGC

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