La Niña está de volta oficialmente, mas ficará por pouco tempo

O padrão climático La Niña está oficialmente de volta, mas consideravelmente mais fraco e, além de retornar meses após a previsão inicial, o fenômeno pode se encerrar em abril.

O Centro de Previsão Climática da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) detectou sinais de resfriamento nas águas do Oceano Pacífico em dezembro. Mas a agência só anunciou a volta do La Niña na última semana.

No entanto, o La Niña terá um curto prazo, segundo previsões da NOAA. Há 59% de chance de que o fenômeno persista de fevereiro a abril.

Segundo um dos modelos de previsão da NOAA, entre março e maio, há 60% de chance de ocorrer uma transição para as condições neutras.

Contudo, apesar de o La Niña de 2025 ser fraco e breve, haverá impactos em todo o planeta, como secas e chuvas fortes, mesmo reduzindo a média de temperaturas globais.

A parte fria do ciclo El Niño-Oscilação do Sul é o La Niña ocorre pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico tropical. Aliás, observações anteriores notaram que as temperaturas dessa região do Pacífico, que inclui a América do Sul, já apresentavam um resfriamento.

Mapa mostra a temperatura semanal do Oceano Pacífico Tropical entre 14 de outubro de 2024 e 5 de janeiro deste ano. Imagem: NOAA/Divulgação

De acordo com a NOAA, só em dezembro o Oceano Pacífico tropical apresentou temperaturas que se enquadram no padrão do fenômeno La Niña.

Além disso, por chegar mais tarde e ser surpreendentemente fraco, o La Niña deste ano terá impactos menores na redução das médias de temperaturas em todo o planeta.

De fato, as temperaturas caíram com o surgimento do La Niña, mas continuam acima da média em várias partes do mundo. Isso também ocorre nos oceanos, com as temperaturas permanecendo 0,5º acima da média.

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Karin Gleason, cientista da NOAA, afirmou que isso é uma consequência do calor recorde que aumentou as temperaturas dos oceanos no segundo semestre de 2023.

Além disso, embora não seja incomum que o La Niña apareça tardiamente, sobretudo após um El Niño consideravelmente forte, cientistas acreditam que o atraso deste ano tem a ver com as mudanças climáticas.

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