Resultado massacrante: pesquisa com classe científica aponta vida extraterrestre

Entre fevereiro e junho de 2024, cientistas realizaram uma pesquisa sobre a crença em vida extraterrestre entrevistando pessoas da própria classe científica, revelando um resultado inesperado.

A pesquisa, publicada na revista Nature nesta terça-feira (14), entrevistou 521 astrobiólogos e mais 534 cientistas de outras áreas, incluindo biologia e física, sobre a existência de vida extraterrestre complexa, básica ou inteligente.

O resultado da pesquisa revela um forte consenso: a classe científica acredita na possível existência de vida extraterrestre. Entre os astrobiólogos, 86,6% acreditam na existência de vida extraterrestre básica, com menos de 2% discordando. Já 12% se mantiveram neutros.

Similarmente, a pesquisa mostra que 88,4% dos outros profissionais da classe científica concordam com os astrobiólogos sobre a existência de vida extraterrestre básica. Sobre vida extraterrestre complexa ou inteligente, os resultados da pesquisa também foram altos, com 67,4% dos astrobiólogos e 58,2% dos outros cientistas concordando.

Pesquisa aponta que a classe científica se baseia em evidências indiretas de vida extraterrestre

Os números mostram que a classe científica acredita, sim, que existe vida extraterrestre. De acordo com Peter Vickers, que liderou a pesquisa, os resultados são surpreendentes devido à falta de evidência direta de vida extraterrestre.

No entanto, os 12% que se mantiveram neutros, segundo Vickers, sugerem que o consenso não é apenas achismo.

Além disso, o cientista do departamento de filosofia da Universidade de Durham, na Inglaterra, que estuda a relação entre ciência e verdade, ressalta que há uma quantidade significativa de evidências indiretas que sustentam a tese de vida extraterrestre.

Vickers cita, por exemplo, a abundância de lugares como os oceanos da lua Europa, de Júpiter, e Marte, que foi habitável no passado.

“Também sabemos que a vida pode surgir a partir de matéria não viva, como aconteceu na Terra. Embora a origem das primeiras formas simples de vida seja mal compreendida, não há nenhuma razão convincente para pensar que o surgimento de vida depende de condições astronômicas raras. E mesmo que dependa, a chance do surgimento de vida (abiogênese) é claramente diferente de zero”.

Portanto, a pesquisa afirma que, mesmo com uma estimativa “pessimista” de um a cada bilhão, a probabilidade de vida extraterrestre, considerando a imensidão do universo, é real.

O pesquisador ressalta que, desconsiderando os votos neutros da classe científica, o resultado da pesquisa entre astrobiólogos sobe para 97,8%. Com isso, a pesquisa enfatiza um equilíbrio entre a falta de evidência empírica com a abundância de evidência indireta, sugerindo a possibilidade de vida extraterrestre.

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