Adoçando a vida ou amargando a mente? Estudo revela ligação entre doces e depressão

Os amantes de doces apresentaram 31% mais chances de desenvolver depressão – nicoletaionescu/Depositphotos

Você sabia que aquela irresistível vontade de comer algo doce pode estar cobrando um preço alto da sua saúde? Um estudo inovador da Universidade de Surrey, na Inglaterra, revelou uma conexão surpreendente entre o consumo exagerado de doces e problemas sérios de saúde, como depressão e diabetes.

Publicado no Journal of Translational Medicine, o estudo analisou os hábitos alimentares de 180.000 voluntários do UK Biobank com a ajuda da inteligência artificial. A partir disso, os pesquisadores dividiram os participantes em três grupos principais:

Os cuidadosos com a saúde: fãs de frutas, vegetais e alimentos mais naturais, com um consumo moderado de produtos de origem animal e quase nada de doces.

Os onívoros equilibrados: apreciam de tudo um pouco, incluindo carnes, vegetais e sobremesas, sem grandes exageros.
Os amantes dos doces: priorizam alimentos e bebidas açucaradas, com pouco espaço para opções saudáveis.

Mas os cientistas não pararam por aí. Eles foram além, examinando amostras de sangue dos voluntários em busca de pistas ocultas sobre como essas preferências afetam o corpo.

Decodificando o corpo humano

Com quase 3.000 proteínas e 168 metabólitos analisados, os resultados trouxeram revelações preocupantes. Para quem não está familiarizado, proteínas são como ferramentas multifuncionais no organismo, essenciais para desde a defesa imunológica até o funcionamento do cérebro.

Já os metabólitos são pequenos indicadores biológicos, surgindo como subprodutos das atividades químicas do corpo, e podem dizer muito sobre nossa saúde.

Ao comparar esses marcadores entre os grupos, o que veio à tona foi alarmante.

Os riscos escondidos no açúcar

Os amantes de doces apresentaram 31% mais chances de desenvolver depressão e níveis significativamente mais altos de proteína C reativa – um marcador inflamatório associado a várias doenças. Além disso, o sangue desse grupo mostrou níveis elevados de glicose e perfis lipídicos desfavoráveis, aumentando os riscos de diabetes e doenças cardiovasculares.

Por outro lado, os participantes preocupados com a saúde mostraram resultados encorajadores: menor propensão a insuficiência cardíaca, doenças renais crônicas e derrames, graças à dieta rica em fibras. Já os onívoros ficaram no meio-termo, com riscos moderados.

Uma escolha que vale a reflexão

O estudo deixa claro: o que colocamos no prato reflete diretamente em nossa saúde. Se a tentação dos doces é constante, talvez seja hora de reconsiderar as escolhas alimentares. Afinal, a busca pelo prazer momentâneo pode estar pavimentando o caminho para problemas duradouros.

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