Prefeitura iniciará estudo para definir futuro da Casa Marco Zero da Rota Romântica

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turístico e Tecnológico (Sedettec) deve começar a estudar uma alternativa para a Casa Marco Zero a partir desta segunda-feira (13).

Localizada na Avenida Dom João Becker, às margens da BR-116, em um dos principais acessos para São Leopoldo, a edificação é o ponto inicial da Rota Romântica do Rio Grande do Sul. O prédio foi inaugurado em 2007 e visava orientar os turistas que chegavam na região. Porém, há cerca de quatro anos, o imóvel, construído em estilo enxaimel, está desativado, devido a problemas em sua estrutura.

LEIA TAMBÉM: Governo do Estado entrega o projeto de revitalização da Casa do Imigrante

Casa Marco Zero da Rota Romântica fica na Avenida Dom João Becker, às margens da BR-116 | abc+



Casa Marco Zero da Rota Romântica fica na Avenida Dom João Becker, às margens da BR-116

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

Lixo e sujeira

Atualmente, a situação da casa é degradante. Invadida por moradores de rua e usuários de drogas, o interior da Casa Marco Zero está tomado por lixo e sujeira. No local, é possível observar peças de roupas, calçados, pedaços de colchões velhos, resíduos, restos de comida, pequenas embalagens de entorpecentes – conhecidas como “pinos” – e até seringas usadas.

Além disso, urina e fezes estão espalhadas pelos cômodos do prédio, deixando um forte odor. Na fachada, há pichações e dá pra notar que uma janela está quebrada e um buraco foi feito na parede – provavelmente para facilitar a entrada no espaço.

Entrada

“Está um horror! A gente está apavorado não só com a entrada da nossa cidade, mas com tudo que nós temos encontrado”, disse a vice-prefeita de São Leopoldo, Regina Caetano, que também é titular da Sedettec. “A partir de tudo que a gente viu, agora nós estamos estudando a melhor opção para fazer com essa nossa entrada, esse Marco Zero da Rota Romântica. Se vamos transformar, se não vai mais ter esse espaço, se vamos colocar de outra forma, se vamos buscar uma parceria público-privada”, exemplificou, com algumas das alternativas para a edificação.

SAIBA MAIS: Pesquisadores da Unisinos participam de expedição à Antártica

“Não pode ficar assim”, diz vice-prefeita

Junto do diretor de Tecnologia da Sedettec, André Serpa, a secretária esteve no local e postou um vídeo nas redes sociais, mostrando o que encontrou. “Quando entramos, precisamos retirar duas pessoas que estavam brigando aqui dentro”, comentou Serpa, à reportagem.

“Não sentamos ainda, não tivemos tempo de tomar essas decisões, de ver todas as melhores opções para a cidade. Mas, com certeza, do jeito que está, não dá pra deixar. É terrível!”, exclamou Regina, destacando a situação dos usuários de drogas que invadem o local para usar entorpecentes e até fazer suas necessidades. “Isso é a entrada da nossa cidade: não pode ficar assim!”, sentenciou.



Opções para o espaço serão analisadas

Há exatamente um ano, a reportagem do Jornal VS fez matéria sobre a Casa Marco Zero. Na época, a Sedettec ponderava até mesmo mudar o local de endereço, depois de receber o projeto de revitalização do prédio, orçado em R$ 200 mil. O debate, entretanto, não seguiu.

Conforme a atual secretária, uma reunião está marcada para hoje, a fim de iniciar a discussão sobre a estrutura. “É uma área muito vulnerável, então temos que ter um cuidado da forma que vamos fazer essa mudança. E também tem que ter alguma utilidade”, colocou Regina, lembrando que muitos buscam informações pela Internet hoje em dia.

“É difícil as pessoas pararem para perguntar uma informação. Mas a gente pode criar outras opções, e isso a gente vai ver até mesmo com as próprias pessoas que já trabalhavam na prefeitura. Ver a experiência e também as novas opções, o que de novo a gente pode fazer, como são as entradas das cidades, pesquisar e ver o que tiver de melhor, que é o que nós vamos buscar”, concluiu.

ENEM: Resultado das provas já está disponível; veja passo a passo

14 cidades formam a Rota Romântica

A Casa Marco Zero é o ponto inicial da Rota Romântica. Além de São Leopoldo, fazem parte da Rota: Novo Hamburgo, Estância Velha, Ivoti, Dois Irmãos, Morro Reuter, Picada Café, Linha Nova, Santa Maria do Herval, Presidente Lucena, São Francisco de Paula, Nova Petrópolis, Gramado e Canela, totalizando 14 cidades.

O estilo enxaimel da casa é usado em cidades que tiveram a colonização alemã, logo, é um símbolo cultural que a identifica como a região turística do Vale Germânico, ao qual São Leopoldo pertence.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.