Estes sintomas estão ligados ao câncer de pâncreas, diz pesquisa de Oxford

Pesquisadores da Universidade de Oxford realizaram um estudo abrangente que revelou os sintomas associados ao câncer de pâncreas, uma das formas mais agressivas de câncer.

A investigação indicou que a maioria dos pacientes começa a apresentar sinais da doença até um ano antes do diagnóstico definitivo. Em casos mais graves, os sintomas tornam-se evidentes em um período de três meses antes da confirmação.

Estes sintomas estão ligados ao câncer de pâncreas, diz pesquisa de Oxford

Metodologia da pesquisa

O estudo analisou os dados de 24.236 pacientes diagnosticados com câncer de pâncreas na Inglaterra entre 2000 e 2017. Os pesquisadores compararam os sintomas relatados por esses indivíduos em diferentes momentos antes do diagnóstico com os sintomas de pessoas que não desenvolveram a doença.

O levantamento permitiu identificar tanto sinais comuns quanto outros menos conhecidos relacionados ao adenocarcinoma ductal pancreático (ADP), o tipo mais frequente de câncer pancreático, e aos tumores neuroendócrinos pancreáticos (TNE-P), uma forma mais rara.

Primeiros sintomas e sinais de alerta

Nos estágios iniciais, o câncer de pâncreas pode ser silencioso, dificultando o diagnóstico precoce. No entanto, alguns sintomas podem servir de alerta, como:

  • Pele amarelada (icterícia);
  • Urina escura;
  • Fadiga constante;
  • Perda de apetite;
  • Perda de peso inexplicável;
  • Dor no abdômen superior e nas costas.

Entre os sinais mais graves, a icterícia e o sangramento no trato gastrointestinal são frequentemente associados ao ADP. Esses mesmos sintomas também foram destacados nos casos de TNE-P, embora sejam mais raros.

Pele amarelada e perda de peso são sinais de alerta para o câncer de pâncreas, segundo estudo de Oxford

Descobertas inéditas

A pesquisa também trouxe à tona sintomas previamente subestimados, como sede excessiva e urina escura, que foram relacionados ao ADP. Além disso, identificaram-se outras manifestações que incluem:

  • Alteração no hábito intestinal;
  • Diarreia ou constipação;
  • Indigestão persistente;
  • Massa ou inchaço abdominal;
  • Vômitos e náuseas frequentes;
  • Coceira;
  • Febre recorrente.

Embora esses sintomas possam ser atribuídos a outras condições, a presença de múltiplos sinais simultaneamente exige atenção médica imediata.

Fatores de risco e causas

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), entre 10% e 15% dos casos de câncer de pâncreas têm origem hereditária. Outros fatores externos que aumentam o risco incluem:

  • Tabagismo;
  • Sobrepeso ou obesidade;
  • Diabetes mellitus;
  • Pancreatite crônica não hereditária;
  • Exposição a substâncias químicas, como solventes e agrotóxicos.
Diagnóstico precoce do câncer de pâncreas salva vidas; conheça os sintomas revelados pela pesquisa

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico precoce é essencial para melhorar as chances de tratamento bem-sucedido. Exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, combinados com bópsia, são fundamentais para identificar a doença.

Quando o câncer está em estágios iniciais, a cirurgia pode oferecer altas taxas de cura. Em estágios avançados, o tratamento geralmente envolve quimioterapia, podendo ser combinado com radioterapia e imunoterapia, dependendo do caso.

Cada paciente deve ser avaliado individualmente, reforçando a importância de acompanhamento médico regular e especializado.

Sintoma-chave no câncer de pâncreas: o que revela a pesquisa

Um estudo citado pela Catraca Livre destaca que a icterícia (pele amarelada) é detectada em 75% dos casos de câncer de pâncreas, sendo um dos principais sinais de alerta. A descoberta reforça a importância do diagnóstico precoce, que pode melhorar significativamente as chances de sucesso no tratamento. Fique atento aos sinais e procure orientação médica. Veja mais aqui!

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