Qual o melhor samba-enredo de 2025? Veja a votação do nosso júri de especialistas

Carnaval se decide na avenida e ninguém é campeão antes de todas as escolas desfilarem. Essas são cláusulas pétreas da Constituição Universal do Samba! Porém, ter um grande samba-enredo também é um dos primeiros mandamentos para chegar forte em uma disputa carnavalesca.

Por isso, reunimos 11 especialistas da equipe ABC no Carnaval + Sambrito para saber qual o melhor samba-enredo do Grupo Especial do Rio de Janeiro em 2025.

Cada um indicou seus favoritos, em ordem de preferência, atribuindo a seguinte pontuação: 50 pontos para o indicado como melhor, 40 para o segundo, 30 para o terceiro, 20 para o quarto e 10 para o quinto.

O júri foi formado por Renato Dornelles, Renato Araújo, Elias Costa, Juliano Vieira, Vinícius Maroni, Édy Dutra, Éder de Barros, Gelson Pereira, Renan Silva Neves, Paula Peixoto e Vinicius Brito. Vamos ao resultado!

O vencedor vem do Pará

Indicado como melhor por seis dos nossos jurados, o samba-enredo “Pororocas Parawaras”, da Acadêmicos do Grande Rio, venceu com 440 pontos. A obra não apenas versa sobre o folclore do Estado do Pará, como foi criada por compositores do Carnaval de Belém.

É que a Grande Rio realizou uma etapa do seu concurso de samba-enredo com as escolas de samba de lá. O samba de Mestre Damasceno, Ailson Picanço, Davison Jaime, Tay Coelho e Marcelo Moraes venceu “em casa”, ganhou o direito de participar da final no Rio e faturou a disputa com sobras!

Segundo o comentarista Juliano Vieira, o samba se destaca pela estrutura harmônica: “Tanto a letra quanto a melodia apresentam o enredo de forma clara. Ao ouvir o samba, você sabe que trata do Pará por respeitar as características musicais e folclóricas daquele lugar”.

Campeã em segundo

O segundo melhor samba, segundo o júri ABC no Carnaval + Sambrito, é “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos”, da Unidos do Viradouro. E a diferença foi mínima, com o samba da atual campeã do Grupo Especial carioca alcançando 430 pontos, apontado como preferido por três dos nossos onze julgadores.

Para o repórter Renan Silva Neves, a obra de Paulo César Feital, Inácio Rios, Márcio André Filho, Vitor Lajas, Vaguinho, Chanel e Igor Federal, “além de possuir o melhor refrão do ano, está rendendo em todas os shows e ensaios, demonstrando um crescimento notável desde a sua escolha”.

A força de Oxalá

O samba “Ómi Tútu ao Olúfon – Água fresca para o senhor de Ifón”, da Imperatriz Leopoldinense, obteve 310 pontos, chegando em terceiro lugar da nossa enquete.

Para Renato Dornelles, o samba dos autores Me Leva, Thiago Meiners, Miguel da Imperatriz, Jorge Arthur, Daniel Paixão e Wilson Mineiro “tem a força dos grandes sambas-enredo da história que versam sobre a ancestralidade das religiões de matriz africana”.

Laíla e Xica Manicongo fecham o top-5

Empatados com 130 pontos, os sambas-enredo de Beija-Flor de Nilópolis (“Laíla de todos os santos, Laíla de todos os Sambas”) e Paraíso do Tuiuti (“Quem tem medo de Xica Manicongo?”) dividem o quarto lugar.

O sexto lugar ficou com a Unidos de Padre Miguel, com 80 pontos, seguida por Unidos da Tijuca em sétimo, com 50, Salgueiro em oitavo, com 30. Em nono, Vila Isabel e Mocidade empataram com 20. A Mangueira fez 10 pontos e a Portela não pontuou.