Mãe é presa por omissão em caso de tortura cometido contra o próprio filho em Canoas

Foi no final do mês passado que a Polícia Civil prendeu um homem denunciado por torturar o enteado de apenas 7 anos com cordas e um cabo de vassoura.

Crime apurado pela DP da Criança em Canoas no ano passado teve desdobramento nesta quarta-feira (8), com a prisão da mãe, suspeita de omissão



Crime apurado pela DP da Criança em Canoas no ano passado teve desdobramento nesta quarta-feira (8), com a prisão da mãe, suspeita de omissão

Foto: REPRODUÇÃO

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Na época, a apuração conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas constatou que a mãe sabia da violência e nada fazia.

A omissão relatada pela criança, quando o caso veio à tona, culminou em um pedido de prisão contra a mãe, que acabou fugindo de Canoas ao saber da prisão do companheiro.

A mulher de 32 anos acabou presa preventivamente nesta quarta-feira (9), em São Leopoldo, onde estava foragida, após duas semanas como foragida da Justiça.

Segundo o delegado Maurício Barison, foram necessárias várias diligências e até campanas até que a suspeita fosse enfim capturada pela polícia.

“Ela sabia o que acontecia na casa e não tomou nenhuma atitude para cessar a violência”, frisa. “Irá responder pela omissão diante da gravidade do caso”.

Padrasto acabou preso, na manhã do dia 26 de dezembro, em Canoas



Padrasto acabou preso, na manhã do dia 26 de dezembro, em Canoas

Foto: POLÍCIA CIVIL/REPRODUÇÃO

Entenda o caso

O crime foi identificado no dia 6 de dezembro de 2024, quando uma criança chegou em uma escola de Canoas com enormes hematomas pelo corpo e queixando-se de fortes dores. O menino chamou a atenção dos profissionais da instituição, tornando evidente a violência que sofrera na noite anterior.

“A extensão e gravidade das lesões, com hematomas nas costas com aproximadamente 30 centímetros, chamaram a atenção na escola”, lembra Barison.

Foi na DP que a criança contou à polícia que era amarrada e apanhava com golpes de cabo de vassoura do padrasto. Tudo porque às vezes mexia no aparelho celular dele.

“Instauramos o inquérito policial para apurar a prática de tortura contra a criança por parte do padrasto e também a omissão da mãe diante da violência”, explica.

Na avaliação de Barison, os hematomas encontrados no corpo da criança corroboram com o relato de violência extrema contra o menor.

“Tudo acontecia no interior da residência, inclusive com o uso de cordas e pedaços de pau, causando grande sofrimento e dor na vítima”, lamenta.

O menor permanece acolhido em um lar seguro e sob a vigilância das autoridades desde então, confirma a Polícia Civil.

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