Tomar café apenas neste período está associado a um risco menor de morte prematura

Quem toma café pela manhã tem menor risco de morrer de doenças cardíacas e menor risco geral de mortalidade em comparação com quem toma café o dia todo. A descoberta foi publicada no European Heart Journal, na última terça-feira, 7. 

Aqueles que tomam café pela manhã têm 31% menos risco de doenças cardiovasculares e 16% menos probabilidade de morrer cedo em comparação aos outros.

Este é o primeiro estudo que testa padrões de tempo de consumo de café e resultados de saúde, segundo os pesquisadores.

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No estudo, a equipe observou que aqueles que bebiam café ao longo do dia tinham o mesmo risco de doenças que os que não bebiam café.

Detalhes do estudo

Os autores analisaram dados alimentares e de saúde de 40.725 adultos com 18 anos ou mais, coletados entre 1999 e 2018.

O estudo incluiu um subgrupo de 1.463 adultos para validar e cruzar dados alimentares e aumentar a precisão e a confiabilidade das descobertas gerais.

Os pesquisadores conectaram os dados aos registros de óbitos e suas causas por um período de acompanhamento de 9 a 10 anos.

O consumo de café com cafeína e descafeinado foi examinado, categorizando os horários de ingestão em manhã, tarde e noite.

Para bebedores matinais, a quantidade de café com cafeína ou descafeinado consumida — seja menos de uma xícara ou mais de três xícaras por dia — não alterou significativamente os benefícios observados. Consumir café pela manhã foi associado a um risco reduzido de mortalidade, independentemente da quantidade.

De acordo com os pesquisadores, nas horas da manhã, geralmente há um aumento acentuado na atividade simpática quando acordamos e saímos da cama, um efeito que desaparece durante o dia e atinge seu nível mais baixo durante o sono.

Assim, é possível, como os autores apontam, que beber café à tarde ou à noite interrompa o ritmo circadiano da atividade simpática.

A pesquisa identificou dois padrões principais de consumo: somente pela manhã e o dia todo. Após quase 10 anos de acompanhamento, houve 4.295 mortes por todas as causas, incluindo 1.268 por doenças cardiovasculares e 934 por câncer.