Novo estudo mostra como os “hobbits” foram extintos da Terra

Os “hobbits” humanos não foram extintos após a chegada do Homo sapiens à sua terra, de acordo com uma nova pesquisa. Publicado recentemente, o estudo revela que as mudanças climáticas causaram secas severas que levaram a espécie Homo floresiensis à extinção, contrariando assim a teoria anterior.

Desde a descoberta da espécie, em uma caverna na Indonésia, onde paleontólogos encontraram os fósseis de 700 mil anos, acreditava-se que os pequenos humanos foram extintos por ação do Homo sapiens e por erupções vulcânicas.

Por 650 mil anos, o grupo de Homo floresiensis sobreviveram na Ilha de Flores graças à caça dos stegodons, elefantes pigmeus que mediam três metros de altura.

A teoria anterior era plausível porque esses hominídeos tinham, em média, um metro de altura, enquanto o Homo sapiens media entre 1,60 e 1,70.

Aliás, os “hobbits” receberam o apelido logo na descoberta, em referência aos livros J. R. R. Tolkien (“O Hobbit”, “O Senhor dos Anéis”), que teriam o nome científico Homo hobbitus. No entanto, por questões de direitos autorais, os hobbits receberam o nome de Homo floresiensis devido à ilha de Flores.

A extinção dos hobbits

Pesquisas anteriores afirmavam que os “hobbits humanos” foram extintos há 12 mil anos. Contudo, de acordo com o estudo realizado por cientistas australianos, indonésios e irlandeses, tanto os “hobbits” quanto os stegodons desapareceram há 50 mil anos.

Além disso, os humanos modernos, anteriormente responsáveis pela extinção do H. florensis, chegaram à Ilha de Flores 40 mil anos após os Homo floresiensis sumirem da Terra.

Como publicamos aqui no Giz, os humanos modernos já navegavam pelas ilhas do Sudeste Asiático e da Oceania há 50 mil anos. Leia mais: Humanos já eram marinheiros há 50 milênios, diz novo estudo

No entanto, os navegadores seguiam rumo à atual Austrália, mas o estudo não descarta a possibilidade de encontro com os “hobbits”, embora reforcem a hipótese climática.

Portanto, os cientistas elaboraram uma explicação diferente: os impactos das mudanças climáticas extinguiram os pequenos humanoides e suas presas.

Entre 76 e 55 mil anos atrás, a precipitação anual caiu 38%, com uma redução maior ocorrendo há 56 mil anos, quando os níveis de chuva eram 51% menores que os atuais. Com a seca prolongada, a escassez de água contribuiu para a migração dos stegodons para áreas costeiras. Os “hobbits humanos” seguiram sua principal fonte de comida, ou enfrentaram problemas similares pela falta de recursos.

Por outro lado, as duas espécies ficaram mais vulneráveis após a migração, sobretudo se encontrassem Homo sapiens no caminho.

O estudo, publicado em 14 de dezembro, ainda aguarda revisão acadêmica.

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