BOLO ENVENENADO: Exumação do corpo de sogro de suspeita é confirmada e delegada diz que é “difícil acreditar em coincidência”

Durante a coletiva de imprensa que revelou detalhes do caso do bolo envenenado após a morte de três integrantes da mesma família em Torres, as autoridades confirmaram a exumação do corpo de uma quarta pessoa.

A delegada responsável pelo inquérito, Sabrina Deffente, explica que a morte do marido de Zeli dos Anjos, a mulher que fez o bolo, também será investigada.

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O idoso morreu três meses antes do envenenamento da família em uma confraternização, vítima de uma suposta intoxicação alimentar.

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A nora de Zeli e do marido falecido, Deise Moura dos Anjos, é suspeita de acrescentar arsênico em um dos ingredientes usados na guloseima. A substância foi encontrada em alta concentração em um pacote de farinha.

Conforme a diretora-geral do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Marguet Inês Hoffmann Mittmann, com a exumação será possível, sim, por meio de testes laboratoriais, confirmar se ele também foi assassinado por ingestão de veneno.

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“Já estamos em tratativas para a exumação, que deve ocorrer nos próximos dias e, sim, é possível comprovar, por meio do trabalho da perícia, se houve a ingestão de arsênico na época do óbito”, afirma.

Ainda sobre o assunto, a delegada Sabrina disse não acreditar em “coincidências” e que tudo leva a crer que o marido de dona Zeli possa ter morrido envenenado por arsênico.

“A exumação do corpo será feita em breve para obtermos outras respostas, porque ele morreu três meses antes de intoxicação alimentar, sendo difícil acreditar em coincidência neste caso”, avalia.

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Entenda o caso

O caso do bolo envenenado veio à tona no dia 23 de dezembro de 2024, quando seis pessoas de uma mesma família buscarem atendimento médico após consumirem o doce durante uma confraternização, em um apartamento, em Torres.

Três morreram: Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos, e Maida Berenice Flores da Silva, 58, Tatiana Denize Silva dos Anjos, 43 anos, filha de Neuza. Zeli dos Anjos permanece internada em quadro estável. Já o neto dela de 10 anos foi liberado na semana passada.

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Um homem foi liberado após atendimento médico ainda na data do envenenamento.

A sobremesa havia sido preparada para uma confraternização em família por Zeli, na casa em que vive, em Arroio do Sal, no litoral norte. Todos que consumiram o doce, passaram mal pouco tempo depois.

Inicialmente, a Polícia Civil trabalhava com duas hipóteses: de envenenamento e de intoxicação alimentar. A segunda hipótese, entretanto, foi eliminada ao verificar as análises preliminares, que apontaram para a presença de arsênico no bolo.

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O espaço está aberto para manifestação da defesa de Deise Moura dos Anjos.