Clima no Brasil: vai ter La Niña em 2025?

O verão de 2024/2025, que começou no último dia 21 de dezembro, promete ser um pouco diferente do vivenciado na estação do ano passado. Segundo especialistas, o La Niña não deve voltar completamente em 2025.

De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos EUA, a probabilidade de La Niña para o período de novembro de 2024 a janeiro de 2025 é estimada em 74%. No entanto, essas previsões indicam que, caso o fenômeno se desenvolva, ele deve ser de curta duração e intensidade fraca.

A tendência predominante é de neutralidade no Pacífico, com a média da anomalia de temperatura próxima de zero, o que mantém o clima em um estado de transição. Segundo Ana Clara Marques, meteorologista da Climatempo, mesmo assim deve ser possível sentir um “efeito La Niña”.

“Mesmo que oficialmente não se forme um La Niña, o ‘modo La Niña’ não se organize completamente no Pacífico Equatorial central-leste, vamos sentir a influência aqui no Brasil”.

“É esperado que a Amazônia tenha mais chuva durante o verão e uma condição de chuva irregular na Região Sul também. Então, vamos ter alguns períodos da estação com cara de La Niña, embora oficialmente o fenômeno provavelmente não se configure”, analisou a especialista.

Impactos climáticos da La Niña no Brasil

A La Niña, quando ocorre, afeta o Brasil de maneira regional. No estados do sul, o fenômeno está associado a períodos de estiagem e menor volume de chuvas. O que pode agravar problemas como crises hídricas e prejuízos à agricultura. No norte e nordeste, há aumento na intensidade das precipitações, elevando o risco de enchentes e outros eventos extremos.

Além das alterações na precipitação, o fenômeno também influencia as temperaturas. Durante o verão, o fenômeno pode modular padrões climáticos, promovendo tanto ondas de calor quanto períodos inesperados de resfriamento. A interação dessas condições com o aquecimento global torna os efeitos mais complexos, podendo intensificar sua imprevisibilidade.

Globalmente, a La Niña reduz as temperaturas médias ao contrário do El Niño, que eleva o aquecimento atmosférico. Assim, esses impactos podem influenciar a frequência de eventos extremos, como ondas de frio mais intensas e mudanças bruscas nos padrões de precipitação.

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