Waze: como a plataforma monetiza, se o uso é gratuito? Entenda!

Apesar de ser um aplicativo gratuito, o Waze possui algumas maneiras de monetização.

O Waze é uma das plataformas de navegação mais populares do mundo. Sendo assim, ele é amplamente utilizado por motoristas que buscam otimizar suas rotas e evitar congestionamentos. Desde sua criação, a aplicação tem oferecido um serviço gratuito. Então, isso levanta uma pergunta crucial: como o recurso monetiza seus serviços?

Logo, contaremos a história do Waze e também exploraremos as estratégias de monetização da plataforma. Juntamente com isso, iremos discutir o que o futuro reserva para esse importante recurso, bem como o que podemos aprender com o modelo de negócio que a empresa adotou.

A história do Waze 

A fundação do Waze ocorreu no ano de 2006 em Israel, tendo como criadores Ehud Shabtai, Amir Shinar e Uri Levini. Inicialmente, o aplicativo era conhecido como “FreeMap Israel”, seu principal objetivo era fornecer aos usuários um mapa de navegação colaborativo. 

Dentro dele, os próprios motoristas poderiam contribuir com informações em tempo real sobre aspectos como por exemplo o tráfego, os acidentes, os bloqueios de estrada e outras condições rodoviárias.

Desse modo, essa abordagem colaborativa foi algo que rapidamente ganhou popularidade. Isso aconteceu pois ela permitia que os seus usuários evitassem congestionamentos e também economizassem tempo em suas rotinas diárias.

Em seguida, no ano de 2008, tivemos a mudança do nome do aplicativo para Waze. Além disso, tivemos o começo da expansão das operações da empresas para um contexto que compreendia todo o mundo.

Assim, o crescimento exponencial do aplicativo chamou a atenção de grandes empresas de tecnologia. Isso resultou na aquisição do Waze pelo Google em 2013 por cerca de 1,1 bilhão de dólares.

Portanto, sob a propriedade da gigante da tecnologia, o Waze continuou o processo de expansão e de inovação. Então, cada vez mais integra novas funcionalidades e aperfeiçoa sua tecnologia de mapeamento e navegação.

O Waze começou como um aplicativo destinado às pessoas de Israel e conforme o tempo passou, continuou a evoluir e se tornou um dos maiores recursos da sociedade atual.
O Waze começou como um aplicativo destinado às pessoas de Israel e conforme o tempo passou, continuou a evoluir e se tornou um dos maiores recursos da sociedade atual. | Foto: DALL-E 3

Como funciona a monetização da plataforma?

Apesar de ser gratuito para os usuários, o Waze possui várias estratégias de monetização. A principal delas é a publicidade, pela qual a plataforma ganha aproximadamente 1 centavo por impressão (o que dá cerca de 10 reais para marcas menores e 500 reais para marcas maiores). Ela é integrada de forma não intrusiva na experiência do usuário e que funciona de várias maneiras: 

  1. Anúncios na rota: aparecem ao longo do caminho do motorista e destacam locais de interesse próximo, como restaurantes, postos de gasolina e lojas;
  1. Anúncios de pesquisa: aparecem quando o motorista procura por serviços específicos. São exibidos nos resultados de pesquisa, destacando as opções patrocinadas;
  1. Anúncios takeover: exibidos quando o carro está parado, aproveitando os momentos em que o motorista não está em movimento para mostrar mensagens promocionais de forma mais impactante;
  1. Anúncios de seta: informam o motorista sobre locais próximos que podem ser de interesse, aparecendo como pequenas setas no mapa;

Em conjunto a isso, outra fonte de renda da plataforma é o Waze Carpool, um serviço de caronas compartilhadas. Motoristas que oferecem caronas normalmente ficam com 100% da tarifa paga pelos passageiros. No entanto, o aplicativo às vezes cobra uma taxa de serviço do pagamento total.

Do mesmo modo, o Waze também ganha dinheiro através de comissões sobre venda. Quando um usuário é redirecionado para outra plataforma, como os streamings de música, e realiza uma compra, a plataforma recebe comissão por essa indicação. 

Por fim, outra inovação importante são os beacons (dispositivos instalados em túneis onde o sinal de GPS é frequentemente perdido). Custam aproximadamente 145 reais cada e enviam um sinal unidirecional para o dispositivo do usuário, permitindo que o Waze continue roteando em estradas subterrâneas. A recomendação é de que se coloque 42 beacons por quilômetro desse tipo de estrada.

Como deve ser o futuro do Waze?

O futuro da plataforma promete ser ainda mais tecnológico e inovador. Sendo assim, com a constante evolução da Inteligência Artificial (IA), o Waze está integrando a mesma para melhorar ainda mais a experiência do usuário.

Nesse sentido, a IA pode ajudar na previsão de tráfego com maior precisão, personalização de rotas com base nos hábitos individuais dos motoristas e até mesmo na sugestão de destino com base em preferências anteriores.

Adicionalmente, outra tendência é a integração com veículos autônomos. Logo, com a crescente popularidade desse tipo de automóvel, o Waze poderá se adaptar com o intuito de fornecer dados em tempo real para os mesmos. Desse modo, irá ajudá-los a navegar de forma mais eficiente e também mais segura.

Por fim, espera-se que o Waze continue a expandir suas parcerias com as empresas de serviços e de comércio. Esse movimento pode proporcionar novas formas de monetização para a plataforma e pode melhorar ainda mais a experiência de seus usuários.

O que aprender com o modelo de negócio da plataforma?

O modelo de negócio do Waze oferece várias lições valiosas para outras empresas de tecnologia e startups. Primeiramente, a importância da inovação e da adaptação às necessidades dos usuários é evidente. O Waze começou como um mapa colaborativo e evoluiu para uma plataforma multifacetada que oferece uma ampla gama de serviços.

Outra lição é a eficácia da monetização através de publicidade direcionada. Dessa maneira, ao integrar anúncios de forma não intrusiva e relevante, o Waze consegue gerar receita sem comprometer a experiência do usuário. Isso demonstra a importância de entender o comportamento e as necessidades dos usuários para criar oportunidades de monetização eficazes.

A diversificação das fontes de receita também é uma estratégia crucial. Então, a plataforma não depende apenas de publicidade, mas consegue renda adicional de serviços como o Waze Carpool, comissões sobre vendas e beacons. Essa abordagem diversificada garante a sustentabilidade financeira da plataforma, mesmo em tempos de incerteza econômica.

Por último, a contínua inovação tecnológica, como a integração de IA e a adaptação a veículos autônomos, mostra que o aplicativo está sempre à frente das tendências do mercado. Assim, a capacidade de antecipar e responder às mudanças tecnológicas é essencial para manter a relevância e a competitividade no mercado.

Em suma, o Waze é um exemplo brilhante de como uma plataforma pode oferecer um serviço gratuito e, ao mesmo tempo, manter um modelo de negócio sustentável e lucrativo. Portanto, através de inovação, adaptação e diversificação de receitas, a plataforma continua a ser uma ferramenta indispensável para milhões de motoristas em todo o mundo.

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