Por que, segundo estudo, este tipo de alimento aumenta o risco de ataque cardíaco?

Estima-se que entre 300 mil e 400 mil casos de infarto ocorram anualmente no país, e que a cada 5 a 7 casos, um resulte em óbito – shayne8.live.com/DepositPhotos

Você já parou para pensar no que realmente está no seu prato? Cereais açucarados, refeições congeladas e refrigerantes parecem práticos e saborosos, mas podem estar trazendo sérios riscos para a sua saúde física e mental.

Um estudo recente revelou uma conexão alarmante entre o consumo de alimentos ultraprocessados e problemas graves, como saúde mental debilitada e um aumento expressivo no risco de ataques cardíacos fatais.

Os resultados foram publicados no prestigiado The BMJ Journals em fevereiro deste ano, e servem como um chamado à reflexão: será que o prazer momentâneo de um lanche rápido vale os riscos a longo prazo?

Alimentos ultraprocessados são aqueles submetidos a transformações intensas na indústria, repletos de aditivos como corantes, emulsificantes e aromatizantes artificiais. Embora muitas vezes sejam ricos em açúcar, sal e gorduras, deixam a desejar em nutrientes essenciais, como fibras e vitaminas.

O estudo que liga ultraprocessados a riscos à saúde

Pesquisadores na Austrália realizaram uma revisão abrangente de 14 estudos publicados nos últimos três anos. Com dados de quase 10 milhões de pessoas, eles analisaram questionários alimentares e históricos médicos para entender o impacto desses produtos na saúde.

Importante destacar: nenhum desses estudos foi financiado pela indústria de ultraprocessados, garantindo maior imparcialidade aos resultados.

Dados que preocupam

A análise revelou evidências “convincentes” de que consumir mais ultraprocessados pode aumentar em 50% o risco de morte por doenças cardiovasculares. O risco de desenvolver diabetes tipo 2 sobe 12%, enquanto o de ansiedade oscila entre 48% e 53%.

Há também fortes indícios de que esses alimentos elevam o risco de obesidade, distúrbios do sono e até depressão, além de aumentar em até 66% a chance de morte por problemas cardíacos. Por outro lado, a conexão entre ultraprocessados e doenças como câncer e problemas gastrointestinais ainda precisa de mais investigações.

Alerta para as autoridades 

Os pesquisadores concluíram que os resultados reforçam a necessidade de medidas públicas para reduzir o consumo de ultraprocessados na sociedade. “Nossas descobertas apontam para a urgência de desenvolver estratégias para limitar a exposição a esses produtos nocivos”, afirmaram.

 

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