Como cuidar dos pets durante as festas de fim de ano

Marcado pelas celebrações com música e fogos de artifício, o final de ano pode ser um sofrimento para os animais de estimação. Nesta época, os tutores precisam redobrar a atenção e tomar medidas preventivas para evitar que os bichinhos sofram com estresse, medo e até problemas de saúde.

Alguns pets podem ficar muito estressados no período de fim de ano por conta das celebrações barulhentas e agitadas | abc+



Alguns pets podem ficar muito estressados no período de fim de ano por conta das celebrações barulhentas e agitadas

Foto: Pixabay

Segundo o coordenador do curso de Medicina Veterinária da Ulbra Canoas, Jean Soares, é comum que os animais procurem se esconder em locais apertados da casa ou até mesmo fujam por conta do estresse causado pelos barulhos dos fogos, o que só aumenta o problema.

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“O recomendado é sempre ter um ambiente mais confortável, além de ficar próximo do animal e não deixá-lo sozinho. O mais importante é estar próximo dele para que se sinta confiante e ficar muito atento ao seu pátio, porque é ali que podem aparecer os maiores problemas, como as fugas”, comenta Soares.

No entanto, alguns pets podem ter uma sensibilidade maior ao ruído de foguetes e fogos de artifício. Nestes casos, não é só a presença do tutor que vai fazer a diferença, e acaba sendo necessária alguma intervenção. “Por exemplo, há algumas buchinhas que é possível colocar nos ouvidos do pet para reduzir o barulho”, exemplifica o professor.

Faixas antiestresse

Na participação do cavalo Caramelo, símbolo de resiliência nas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, no amigo secreto do Fantástico, ele ganhou faixas antiestresse, que são uma excelente opção no caso de animais que ficam mais alterados por conta do barulho extremo. “Elas realmente funcionam e acalmam o ânimo. O pet se sente um pouco mais confortável e elas dão mais segurança e tranquilidade para ele nesse período”, adiciona Soares.

Envolver o animal com as faixas exerce uma leve pressão sobre o corpo, o que estimula o sistema nervoso autônomo. Esse estímulo envia sinais ao cérebro, promovendo uma sensação de calma. À medida que o corpo percebe essa compressão, ocorre um equilíbrio entre mente e corpo, o que ajuda o animal a se sentir mais seguro e a lidar melhor com as situações que causam ansiedade nele.

Viajar sem o pet

Outras soluções interessantes podem incluir o enriquecimento ambiental, que é criar situações que estimulem os animais a desenvolverem seus sentidos. Para isso, o professor Soares explica que é importante oferecer os brinquedos que o pet mais gosta e todo um espaço confortável. “Além da água e ração, é importante que ele esteja sempre com bichinhos que ele goste e com a cama dele”, explica.

Para quem vai sair de casa e, por diversos motivos, não poderá levar junto os amiguinhos de quatro patas, o ideal é possibilitar que ele possa ficar em casa e, de preferência, no espaço que ele mais gosta. “O ambiente com o qual os pets estão acostumados é o mais importante”, conta o professor. Nestes casos, a velha recomendação de deixar música tocando é super válida. “Canais de TV específicos para os bichos e música de ambiente funcionam bem, além de deixar uma peça de roupa usada do tutor no ambiente, para que ele sinta o cheiro, faz com que o pet fique confortável também”, explica Jean.

Apesar de todos os cuidados, há alguns casos críticos em que o animal é muito estressado. Existem no mercado fitoterápicos, petiscos específicos e até mesmo sedativos para garantir que o pet não sofra. No entanto, o professor aconselha o acompanhamento de um profissional qualificado. “O ideal é uma recomendação com o seu veterinário para esses casos especiais”, conclui Soares.

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