Entidades gaúchas se opõem à possível renovação da concessão de rede ferroviária; entenda

As Federações do Comércio de Bens e de Serviços (Fecomércio-RS), das Indústrias (Fiergs) e da Agricultura (Farsul) do Rio Grande do Sul questionam resultados da administração do modal ferroviário no Estado, que há 26 anos é concedida à Rumo Logística.

 LEIA MAIS: Indústria da região terá R$ 120 milhões em capital de giro para retomada após enchente

Malha ferroviária | abc+



Malha ferroviária

Foto: Divulgação/JEAcontece

VEJA AINDA: Verão aquece demanda por empregos no litoral norte; veja o que esperar do começo de 2025

Em nota conjunta enviada ao Ministro dos Transportes do Brasil, Renan Filho, os presidentes Luiz Carlos Bohn, Cláudio Bier e Gedeão Pereira expressaram insatisfação com a possível renovação da concessão da ferrovia Malha Sul.

Segundo as entidades, os resultados dos quase 30 anos de administração da Rumo Malha Sul são insatisfatórios, incluindo perda de extensão. 

Para as federações, uma nova concessão deveria ser feita para “garantir a modernização da rede ferroviária gaúcha, com a implantação de ferrovias de bitola larga, com capacidade para atender médias e longas distâncias”.

“A renovação da concessão com a Rumo é particularmente sensível. A falta de investimentos e de programas de manutenção preventiva promoveu a situação atual de sucateamento de ramais e equipamentos rodantes. O Rio Grande do Sul não pode prescindir de uma malha ferroviária robusta, ativa e eficiente. É imprescindível e fundamental que o próximo ciclo de concessão garanta a realização de investimentos massivos”, diz Bohn.

Sobre a manifestação das entidades gaúchas e possível renovação da concessão, a Rumo Logística informou ao Abcmais que “dada a complexidade e abrangência da situação, a empresa segue em diálogo com o Governo Federal (poder concedente) e demais autoridades competentes do setor para uma avaliação conjunta do cenário.”

Atualmente, o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com a maior utilização relativa do modal rodoviário. Conforme dados do Atlas Socioeconômico, 88% do transporte de cargas gaúcho se dá por estradas; no Brasil, a média é de 65%. Os líderes das entidades gaúchas acreditam que essa dependência excessiva das rodovias não tem condições de atender plenamente os setores produtivos, o que reflete em elevados custos logísticos e perdas irreparáveis de competitividade.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.