Rússia proíbe mineração de criptomoedas por seis anos em várias regiões

A Rússia baniu a mineração de critpomoedas em dez regiões diferentes do país por um total de seis anos. A medida foi noticiada pelo Tass, agência de notícias vinculada ao governo russo. Segundo informações da reportagem, as autoridades nacionais estariam preocupadas com o alto consumo de energia das operações de mineração.

A proibição pode ser temporária, mas é flexível. Em teoria, o período começa valer em 1 de janeiro de 2025 e vai até 15 de março de 2031. No entanto, o texto já prevê que mais regiões ainda podem sofrer banimento e o período pode sofrer alterações, seja para mais ou menos tempo. Tudo vai depender da demanda energética do país e da mineração ao longo dos próximos anos.

Essa não é a primeira vez que o governo da Rússia restringe cripto no país. Ainda em 2022 as moedas já foram proibidas em transações nacionais, podendo ser legalmente usadas pelos russos apenas para compras no exterior. Além disso, mineradores precisam de um registro no Ministério de Desenvolvimento Digital, para terem seus limites de consumo monitorados.

Preocupação com energia não é só na Rússia

O governo da Rússia já mostrou que não é fã de criptomoedas, mas sua preocupação com o consumo de energia aparece em diversas outras nações também. Segundo o Engadget, Kosovo já proibiu a mineração em 2022 pelo mesmo motivo, enquanto Angola chegou a tornar crime a criptomineração em abril deste ano. Islândia e Noruega foram mais brandos, mas agora regulam a prática de perto.

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Até a ONU começou a debater medidas para atenuar o impacto ambiental que a alta demanda energética da mineração de criptomoedas pode causar. Em relatório recente, a organização cita uma pesquisa da Universidade de Cambridge que concluiu que, só em mineração, o mundo gasta 181,5TWh ao ano. É um gasto maior que de toda a Polônia. Nos Estados Unidos, a prática já representa 2,5% do gasto nacional de energia.