Venezuela investiga oficial argentino por suposta ligação com grupos terroristas de extrema direita


Agente foi preso no começo de dezembro ao entrar na Venezuela. Governo argentino condena ação e exige libertação do oficial. Frente da Embaixada da Argentina em Caracas, em foto de julho de 2024
AP Photo/Matias Delacroix
A Venezuela está investigando um oficial da força de segurança da Argentina no país — conhecida como Gendarmaria — por supostas ligações com grupos terroristas de extrema direita, informou o procurador-geral Tarek Saab em um comunicado emitido nesta sexta-feira (27).
O agente Nahuel Agustin Gallo foi detido no começo de dezembro, depois de tentar entrar na Venezuela irregularmente, segundo o governo venezuelano.
Gallo está sob investigação “por sua conexão com um grupo de pessoas que tentaram, a partir do nosso território e com o apoio de grupos internacionais de extrema direita, realizar uma série de ações desestabilizadoras e terroristas”, afirmou o procurador-geral da Venezuela.
O governo da Argentina já exigiu a liberação imediata do agente. No último 13 de dezembro, o país já havia denunciado a prisão de Gallo, classificando a ação venezuelana como “arbitrária e injustificável”.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina disse condenar com “a máxima firmeza” a detenção do agente.
“Esta ação constitui uma violação flagrante e inaceitável das normas internacionais que garantem a inviolabilidade das sedes diplomáticas e a proteção de seu pessoal”, destacou o Ministério.
Segundo informações do governo argentino, Gallo havia entrado na Venezuela oriundo da Colômbia em 8 de dezembro para visitar familiares e sua companheira, mas que foi “imediatamente preso, sem um motivo legítimo e em clara violação de seus direitos fundamentais.”
*Com informações da agência de notícias Reuters
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