Cientistas chineses conseguem armazenar dados com alta densidade em diamante

Em mais um capítulo da constante busca de cientistas por soluções cada vez melhores para o armazenamento de dados, pesquisadores da China tiveram um avanço importante no uso de diamantes. Uma publicação recente da Universidade de Ciência e Tecnologia (USTC – sigla em inglês) mostra que eles conseguiram gravar 1,85TB de dados por centímetro cúbico em um diamante.

A parte mais importante do feito está justamente nessa densidade do armazenamento. Essa não é a primeira vez que cientistas recorrem ao diamante como alternativa para gravar dados, com pesquisadores em Nova Iorque conquistando o feito em 2016. Porém, eles não foram capazes de alcançar uma densidade satisfatória de dados.

A pesquisa recentemente publicada na China parte dos mesmos princípios do trabalho de 2016, que se baseiam no uso de áreas na estrutura molecular do diamante onde o carbono é substituído por nitrogênio em defeitos ou “buracos” do mineral. Essas regiões tem propriedades fluorescentes e podem armazenar dados quando atingidas por um laser.

Gráficos da pesquisa sobre armazenamento em diamante.
Fonte: USTC

O que os cientistas chineses fizeram de diferente foi remover mais átomos de carbono artificialmente com o uso de um laser, para criar mais áreas vagas onde dados podem ser armazenados. A título de curiosidade, o primeiro arquivo que eles gravaram em um diamante foi o famoso timelapse “O Cavalo em Movimento”, feito por Eadweard Muybridge em 1878.

Potencial do diamante está em sua durabilidade

A densidade de 1,85TB por centímetro cúbico é comparável a HDDs e discos de Blu-ray, mas não é esse o principal atrativo do diamante como solução de armazenamento. Cientistas buscam gravar dados no material por sua durabilidade.

Imagem ilustrativa, Disco Rígido aberto
Imagem: Pixabay

Esse é um aspecto pelo qual as pedras preciosas são famosas, e parece ser vantagem para armazenar arquivos também. Os cientistas da USTC dizem que sua tecnologia poderia deixar dados gravados em diamantes por milhões de anos, sem a necessidade de manutenção.

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Isso em condições ideais, mas em situações adversas a durabilidade também impressiona. Ainda de acordo com a pesquisa, diamantes poderiam ainda proteger dados sensíveis em temperaturas extremas de 200ºC por até 100 anos.

Fonte: TheRegister

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