Homem em situação de rua que vendia livros sob os trilhos do trem era foragido por homicídio

O homem em situação de rua que morava em uma barraca e vendia livros sob a linha do trem, na Avenida Mauá, em São Leopoldo, foi preso pela Guarda Civil Municipal (GCM) na madrugada de quarta-feira (22), seguindo os desdobramentos da Operação Resgate.

Conforme a prefeitura leopoldense, ele era procurado pela Justiça de São Paulo, com mandado de prisão pelo crime de homicídio, que teria sido cometido na cidade de Mairiporã.

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Serviço de inteligência

O titular da Secretaria Municipal Segurança Pública e Defesa Comunitária (Semusp), coronel Alexandre da Rosa explicou que a prisão não foi dentro da Operação Resgate, mas, sim, aconteceu em consequência dela. “Não foi uma operação de segurança, foi uma operação de cunho social, assistencial. Mas, como desdobramento dela, pelo nosso serviço de inteligência, passamos a identificar, pesquisar, ver a origem dos abordados, até para dar encaminhamento às suas cidades”.

Segundo o secretário, durante a noite, agentes da GCM encontraram o cidadão e fizeram uma pesquisa mais aprofundada, consultando, inclusive, um sistema nacional. “Verificamos que havia um mandado de prisão expedido contra ele. E ele responde por dois homicídios: um de cunho culposo e outro doloso, com requinte de crueldade, por isso sendo um crime qualificado”, destacou, citando que existia ordem de prisão contra o homem desde 2018. “Ele foragiu do seu estado e estava vivendo aqui entre nós, utilizando um nome falso”, acrescentou.

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Homem se apresentava como Claiton

O coronel ponderou que as investigações seguem em andamento e, por isso, não é possível revelar a identificação do homem, nem a sua idade. O homem se apresentava como Claiton e era conhecido por alguns apelidos, como “Tchê”.

De acordo com o secretário de segurança, o preso foi encaminhado à Polícia Civil para ser inserido no sistema prisional do Rio Grande do Sul. Após, ele deve ser transferido para São Paulo, onde de responder pelos crimes.

Livros encaminhados à Secult

As centenas de livros que ele comercializava sob os trilhos do trem serão encaminhados à Secretaria de Cultura e Relações Internacionais (Secult), onde devem passar por triagem e destinação à Biblioteca Pública Municipal de São Leopoldo.

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Em julho do ano passado, o homem que se apresentava como Claiton chegou ser entrevistado pela reportagem do Grupo Sinos em matéria que destacava as histórias de diversas pessoas que moram embaixo da linha do trem, em situação de rua, entre Novo Hamburgo e São Leopoldo.