Dislexia: os sinais na infância que ajudam no diagnóstico e como lidar

A dislexia é um transtorno de aprendizagem de origem neurobiológica, que afeta a habilidade de ler, escrever e decodificar palavras. Esse distúrbio, que afeta cerca de 5% da população brasileira, não está relacionado à capacidade intelectual, mas sim à maneira como o cérebro processa a linguagem.

Entenda a dislexia e como funciona o tratamento

O reconhecimento precoce dos sinais é essencial para proporcionar o suporte adequado e minimizar os impactos educacionais e emocionais.

Como identificar os sinais de dislexia na infância?

Os sintomas de dislexia podem surgir ainda na primeira infância, muitas vezes antes mesmo do início da alfabetização.

Crianças em idade pré-escolar podem demonstrar atraso no desenvolvimento da fala e dificuldade para aprender rimas ou canções simples. A seguir, veja alguns dos principais sinais que podem indicar dislexia:

  • Lentidão para associar letras aos sons correspondentes.
  • Dificuldade em identificar rimas ou segmentar palavras em sílabas.
  • Problemas com a memória de curto prazo, como lembrar instruções.
  • Desinteresse por livros e atividades que envolvam palavras.
  • Inversão de letras ou sílabas ao escrever.
  • Dificuldades de coordenação motora fina, como segurar o lápis corretamente.
  • Problemas para seguir sequências, como decorar a tabuada.

Na fase escolar, os sinais se tornam mais evidentes. Alunos com dislexia podem apresentar:

  • Dificuldade persistente na leitura e na escrita.
  • Dificuldade persistente com a ortografia.
  • Demora para completar provas e trabalhos escolares.
  • Dificuldade em copiar da lousa ou consultar materiais como dicionários e mapas.
  • Confusão entre esquerda e direita.
  • Vocabulário pobre e frases pouco elaboradas.

Qual é a causa da dislexia?

A dislexia tem forte componente genético. Alterações na estrutura cerebral relacionadas ao processamento da linguagem contribuem para o transtorno.

Crianças com histórico familiar de dislexia têm maior probabilidade de apresentar o mesmo quadro.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da dislexia requer uma abordagem multidisciplinar. Fonoaudiólogos, psicólogos, neuropsicólogos e pedagogos trabalham juntos para avaliar o desempenho cognitivo, auditivo e visual da criança. Também é importante descartar outras causas para as dificuldades de aprendizagem.

Segundo especialistas, o ideal é que o diagnóstico seja realizado o mais cedo possível, preferencialmente a partir dos três anos de idade, quando já é possível identificar atrasos significativos no desenvolvimento da linguagem.

Muitas pessoas, aliás, chegam à vida adulta sem jamais receber um diagnóstico. Nesses casos, ao revisar o histórico escolar do indivíduo, é comum identificar dificuldades, baixo desempenho acadêmico e falta de interesse pelos estudos, especialmente.

Como lidar com a dislexia no dia a dia?

Embora não tenha cura, a dislexia pode ser manejada de forma eficaz. O tratamento envolve:

  • Terapias com fonoaudiólogo e psicopedagogo: exercícios práticos para melhorar a associação de sons e símbolos, a memória e a leitura.
  • Participação ativa da família: pais e responsáveis precisam estar envolvidos para oferecer apoio emocional e estimular o uso de estratégias de superação.
  • Não existem medicamentos para tratar esse tipo de transtorno.

Sem o suporte adequado, crianças com dislexia podem desenvolver baixa autoestima, desmotivação e ansiedade.

O reconhecimento precoce e o acolhimento são fundamentais para fortalecer a confiança e permitir que a criança explore suas habilidades e talentos. Saiba mais clicando aqui.

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