Unisinos e Santuário do Sagrado Coração de Jesus homenagearão Papa Francisco em missas

A morte do Papa Francisco, ocorrida na madrugada desta segunda-feira (21), tem gerado comoção e homenagens no mundo todo. Primeiro Papa Jesuíta e latino-americano da história da Igreja Católica, o argentino Jorge Mario Bergoglio faleceu aos 88 anos. A causa da morte ainda não foi divulgada pelo Vaticano.  

 Primeiro Papa Jesuíta e latino-americano da história da Igreja Católica, o argentino Jorge Mario Bergoglio faleceu aos 88 anos em decorrência de complicações de uma dupla pneumonia



Primeiro Papa Jesuíta e latino-americano da história da Igreja Católica, o argentino Jorge Mario Bergoglio faleceu aos 88 anos em decorrência de complicações de uma dupla pneumonia

Foto: Divulgação

Em São Leopoldo, missas que serão realizadas no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, onde está o túmulo do Padre Reus, e na Unisinos lembrarão o legado do Papa. “Vamos esperar a programação oficial da diocese e nos uniremos ao nosso bispo. No Santuário, seguiremos missas naturais e em todas rezaremos na intenção do Papa Francisco”, comenta o reitor do Santuário, o padre Raimundo Resende. De segunda a sexta-feira, as missas no Santuário ocorrem às 8h e às 16h30.  Nos sábados, as celebrações ocorrem às 8h, 15 e 16h30 e aos domingos às 8h, 9h30, 11h, 15h e 16h30. 

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Já na Unisinos, conforme o reitor, padre Sérgio Eduardo Mariucci, a missa de Páscoa desta terça-feira (22), será pelo Papa. A celebração ocorre a partir das 11 horas, na Capela Universitária da Galeria Cultural da Biblioteca, no Campus São Leopoldo.     

Legado 

Para o padre Resende, a morte do Papa Francisco durante as celebrações da Páscoa resulta em um misto de sentimentos.  “Mas acredito que o Papa Francisco, que viveu numa constante Páscoa, não poderia morrer numa data mais significativa, ontem (domingo) celebramos a Páscoa do Senhor e o Papa fez questão de aparecer para o povo e dar uma última bênção, como se fosse uma despedida. Se tivesse que escolher uma data para falecer, seria esta data”, comenta. 

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Na avaliação do reitor do Santuário do Sagrado Coração de Jesus, o legado deixado pelo Papa Jesuíta é o do discernimento. “O grande legado é a prática do discernimento. Ele fez isso como Papa, ele convocou a Igreja a discernir a vontade de Deus no tempo presente, e olha que estamos num tempo muito complexo. O legado do Papa é que ele chamou a igreja a viver a liberdade de espírito, que é uma característica da espiritualidade do Jesuíta, discernir a vontade de Deus à luz do Espirito Santo, para interpretar a realidade e o tempo e ali no tempo, no mundo atual, encontrar a vontade de Deus para a Igreja e para o povo. O Papa Francisco não tinha respostas prontas, ele era um homem de discernimento, por isso desagradava alguns grupos”, diz. 

Outra característica do Papa, citada por Resende é a humildade e o olhar voltado aos pobres e mais humildes. “Ele tinha essa clareza de que a pobreza é um grande testemunho, a pobreza evangélica é um grande testemunho no mundo contemporâneo, e como um bom latino-americano, ele se convenceu que os pobres são elemento importante para a evangelização da igreja. O pobre é protagonista, então o Papa Francisco vai à periferia, e faz com que a periferia seja protagonista. Isso foi fruto de oração, de discernimento, de buscar a vontade de Deus. Para o Papa Francisco, o pobre é protagonista, não é destinatário da evangelização, isso é forte nele, ele ensinou isso para igreja”, analisa. 

O reitor da Unisinos, padre Sergio Eduardo Mariucci, destaca que o Papa Francisco, foi uma “surpresa desde o início até o final”.

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“Surpresa por ser Jesuíta, o primeiro a ser escolhido papa. O jesuíta faz fotos de não ser visto e não aceitar honrarias e ele aceitou ser papa não como uma honraria, mas como serviço, que ele desempenhou até o fim. Ele assumiu ser papa para abrir ainda mais a igreja e tornar muito próxima aos que mais sofrem os efeitos do pecado, da injustiça. Teve uma voz muito forte na defesa do meio ambiente, sempre surpreendente com a sua simplicidade, seu sorriso, seu apelo cheio de amor pela paz”, comenta. 

“O que fica é sua sensibilidade, humildade, abertura aos que mais sofrem e mensagem de esperança para que a igreja siga se aproximando das ruas, siga se sensibilizando com aqueles que mais sofrem com os efeitos do pecado, da injustiça, da fome e violência e que todos se comprometam na defesa da casa comum, no atendimento e amor aos pobres”, completa.  

 

 

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