À GloboNews, Datena se contradiz sobre GCM e afirma: ‘Se não tem condição de dobrar a Guarda, não vou dobrar’


Candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB foi o quarto a ser sabatinado pela GloboNews e falou que pretende armar os agentes da Guarda Civil Metropolitana com fuzis, mas não soube precisar o número de guardas que devem usar os equipamentos de maior calibre. José Luiz Datena (PSDB)
Reprodução/GloboNews
O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, José Luiz Datena , ao ser questionado sobre a Guarda Civil Metropolitana (GCM) da capital, se contradisse em relação ao número que pretende dar ao efetivo da corporação em sua possível gestão.
“Eu acho que a Guarda pode ser dobrada, mas precisa ser bem treinada e ter um serviço de inteligência que funcione e que aja em comum acordo com as polícias regulares”, afirmou ele na noite desta quinta-feira (29) em entrevista à GloboNews.
Logo em seguida, ao ser informado de que a verba destacada para segurança pública na capital poderia não ser suficiente para tirar a proposta do papel, Datena flexibilizou o discurso: “Dobrar se couber nos números. Não adianta vir aqui e dizer que vai dobrar a Guarda. Podemos dobrar se for possível dentro do dinheiro que você tem, e eu acho que tem dinheiro”.
No momento seguinte, por fim, Datena disse que não dobraria o número do efetivo da GCM em São Paulo: “Se não tem condição de dobrar a Guarda, eu não vou dobrar a Guarda, vou agir de acordo com o dinheiro que eu tenho em caixa”.
Depois, voltou a defender que, com algumas estratégias, seria possível aumentar o número de agentes de forma considerável: “Eu posso tirar dinheiro da mão de bandido que está roubando da prefeitura e aplicar na Guarda, contratos sob investigação, licitados em períodos emergenciais, convênios. Se você roubar menos, dá para colocar 1 bilhão de guardas-civis em São Paulo”.
Uso de fuzil pela GCM
O candidato disse que pretende armar os agentes da GCM com fuzis, um armamento de grosso calibre já usado parcialmente pela corporação, mas não soube precisar o número de guardas que devem usá-los, caso seja eleito.
“Fuzil para toda a GCM não dá, é muito fuzil. Nem tem tanto fuzil para dar para a GCM. Eu teria que desarmar a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Tarcísio ficaria bravo comigo”, brincou.
“Eu tenho que tomar pé da situação entrando na prefeitura, que é blindada pra caramba, para poder conseguir estabelecer um número. De repente, se aumentar a criminalidade e tiver condição de comprar mais fuzil, mais fuzil. Se o fuzil que tem aí você vai dobrar, triplicar, não sei, é tudo de acordo com a necessidade”, defendeu.
“Minha proposta de segurança é dar segurança ao povo. Se segurança ao povo é uma Guarda melhor treinada, talvez até com um pagamento melhor e com condição de aparelhar essa Guarda com fuzis necessários, é isso que eu vou fazer. Se tiver o dinheiro necessário para isso, isso é o que eu pretendo”, completou o tucano.
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Candidatos à Prefeitura de São Paulo são entrevistados esta semana na GloboNews
Divulgação
Datena foi o quarto participar da série de entrevistas da GloboNews com os candidatos a prefeito da capital paulista no “Central das Eleições”. As sabatinas foram conduzidas por Natuza Nery. Aconteceram ao vivo, começaram às 22h30 e tiveram 1h30 de duração.
Os comentaristas Gerson Camarotti, Julia Duailibi, Andréia Sadi, Daniela Lima e Mônica Waldvogel fizeram perguntas aos candidatos.
A última a ser sabatinada será Tabata Amaral (PSB), nesta sexta-feira (30).
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