EXPOINTER: 47ª edição da feira surpreende e impulsiona expectativas para o último final de semana

A previsão do tempo bom tem incentivado a participação dos visitantes na 47ª Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O último final de semana da feira deve fechar com chave de ouro um dos principais eventos do Rio Grande do Sul. A exposição, que começou no último sábado (24), segue até o domingo (1º).

Movimento no Pavilhão da Agricultura Familiar é intenso | abc+



Movimento no Pavilhão da Agricultura Familiar é intenso

Foto: Letícia Prior Breda/GES-Especial

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Reconstrução foi a palavra mais usada para dar o pontapé inicial na Expointer. Após o cenário de calamidade enfrentado pelo Rio Grande do Sul com as cheias em diversas regiões, a expectativa do governo do Estado e da secretaria da Agricultura era unir a força do agronegócio e o apoio do povo gaúcho para fazer uma edição histórica.

“Essa é a Expointer da reconstrução, da resiliência, da inovação, da tecnologia e da esperança, mostra para o Brasil e para o mundo que estamos de pé”, afirma o secretário estadual da Agricultura, Clair Kuhn.

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Com presença massiva do público, que além de visitar os estandes também investem em produtos gaúchos, a feira tem feito história. “O povo entendeu a importância de vir na Expointer e comprar produtos dos nossos agricultores. Comprar produtos do RS é continuar ajudando, o nosso Estado é forte”, salienta Khun.

Superação nas agroindústrias

Estar presente na 47ª Expointer se tornou uma superação. Se no mês de maio, em meio a maior catástrofe natural do Estado, a ideia de levar agricultores ao Parque de Exposições Assis Brasil parecia distante, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag-RS) provou que nada é impossível. “Chegamos a pensar em não fazer a Expointer pelas dificuldades que tivemos, mas para a nossa surpresa essa tem sido uma das melhores edições”, destaca o presidente da entidade, Carlos Joel da Silva.

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A Expointer deste ano superou, inclusive, os números de 2023. São 413 agroindústrias presentes no Pavilhão da Agricultura Familiar, 41 a mais do que na edição passada. O resultado de vendas também surpreendeu, com crescimento de 20,38% até o momento. Foram R$ 5,1 milhões em vendas até quarta-feira (28). “Isso anima os agricultores e mostra a força deles para estarem aqui, pois muitos tiveram que se superar dentro da propriedade e são pessoas afetadas que se reconstruíram”, pondera.

A força de vontade dos agricultores fica evidente para quem passa pelo pavilhão. O local tem movimentação constante de visitantes, que são conquistados na lábia pelos produtores, seja com as histórias da propriedade ou a provinha dos produtos.

Quase sem voz, o produtor Julio César Gelinger, 49 anos, oferta em seu estande rapaduras, melados e licores, todos produzidos na agroindústria Colonial Gelinger, de Parobé. “Viemos com receio, mas a meta era vender o mesmo valor do ano passado, e estamos superando esse número. A expectativa é aumentar ainda mais até o final”, conta.

Produtor Julio César Gelinger, da agroindústria Colonial Gelinger, de Parobé | abc+



Produtor Julio César Gelinger, da agroindústria Colonial Gelinger, de Parobé

Foto: Letícia Prior Breda/GES-Especial

Setor de máquinas vê momento histórico

Responsável por mais de 95% do volume de negócios realizados durante os nove dias de feira, o segmento de máquinas e implementos agrícolas também quer fechar a Expointer com o pé direito. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers), Claudio Bier, o espaço das máquinas — um dos mais representativos na feira — chegou a marcar dois metros de água devido à enchente.

Segmento de máquinas e implementos agrícolas é um dos mais representativos em negócios. | abc+



Segmento de máquinas e implementos agrícolas é um dos mais representativos em negócios.

Foto: Letícia Prior Breda/GES-Especial

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“Essa é uma Expointer da recuperação, onde a indústria fez uma grande união para estar aqui. Ninguém imaginava que pudéssemos fazer esta edição, mas convencemos a indústria de máquinas agrícolas para que ela saísse. Viemos aqui para ajudar o Rio Grande, os negócios estão bons e sairemos satisfeitos”, afirma.

O segmento de máquinas conta com 130 empresas, a mesma quantidade da edição passada. O tamanho dos equipamentos, cada vez mais tecnológicos, também atrai o público na exposição. O Estado é responsável por 70% da produção desse setor no Brasil.

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