Uma manifestação realizada na segunda-feira (11) pelo prefeito de Novo Hamburgo, Gustavo Finck (PP), gerou descontentamento na classe dos advogados. A declaração, relacionada a operações urbanas que podem impactar famílias, foi considerada generalista e desrespeitosa por membros da categoria, causando mal-estar entre os profissionais da área jurídica.
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Diante da repercussão negativa, o prefeito tomou a iniciativa de restabelecer o diálogo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Na quarta-feira (12), para apaziguar a situação, Finck visitou a sede da subseção de Novo Hamburgo da entidade, acompanhada pelo procurador-geral do Município, Vanir de Mattos, e pela secretária de Gestão, Governança e Desburocratização, Andrea Schneider Pascoal.
Foto: Divulgação/PMNH
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Na ocasião, o Finck foi recebido pela presidente da OAB no Município, Juliana Martins, pelo conselheiro estadual Carlos Braun, que representou o presidente da OAB/RS, Leonardo Lamachia, e pelo tesoureiro da subseção, Vinicius Dutra. Durante o encontro, Finck reafirmou seu respeito à advocacia e destacou a importância do diálogo entre a administração municipal e a OAB.
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Além disso, o prefeito ressaltou que a Prefeitura está aberta para manter um canal de comunicação com a entidade, buscando fortalecer as relações institucionais e firmar parcerias em prol do desenvolvimento da cidade. A reunião foi interpretada como um passo para a reconciliação após o desgaste provocado pelas declarações anteriores.
Entenda a polêmica
A polêmica teve início na segunda-feira, quando Finck publicou uma mensagem em suas redes sociais direcionada à população de Novo Hamburgo. Na postagem, ele alertou sobre advogados que estariam cobrando até R$ 4,5 mil por promessas falsas. “Não se deixe enganar por advogados oportunistas que envelhecem na dor e na desinformação da população mais humilde de Novo Hamburgo”, escreveu Finck, acrescentando que “Novo Hamburgo tem prefeito”.
A publicação causo mal-estar na classe dos advogados. A subseção da OAB em Novo Hamburgo entrou em contato com o gabinete do prefeito e a postagem foi excluída algumas horas depois. No entanto, na terça-feira (11), um seccional da OAB/RS emitiu uma nota sobre o caso, afirmando que uma “publicação desrespeitosa” continua circulando nas redes sociais, gerando grande repercussão negativa tanto para a classe quanto para a instituição.
Na sequência, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) interveio, afirmando que “em momento algum o Município buscou denegrir a imagem da categoria”.