Risco de demência aumenta 60%? Entenda o que o colesterol tem a ver com isso

Flutuações nos níveis de colesterol em idosos podem aumentar o risco de demência. Isso é o que diz uma pesquisa, publicada na revista Neurology, que acompanhou 9.800 participantes com 65 anos ou mais, inicialmente sem sinais de demência ou problemas de memória.

Manter os níveis de colesterol sob controle e evitar grandes flutuações ao longo do tempo são medidas importantes para prevenção de demência

Os resultados mostraram que aqueles com maiores variações nos níveis de colesterol apresentaram um risco 60% maior de desenvolver demência e 23% mais chances de sofrer comprometimento cognitivo leve, estágio inicial que pode evoluir.

Como o colesterol influencia o risco de demência?

O estudo observou que flutuações nos níveis de colesterol total e LDL (“colesterol ruim”) estão associadas a um aumento no risco de demência e comprometimento cognitivo leve.

Por outro lado, não foram encontradas ligações significativas entre esses problemas cognitivos e as variações no colesterol HDL (“colesterol bom”) ou nos triglicerídeos.

A pesquisadora Zhen Zhou, da Universidade Monash, na Austrália, e coautora do estudo, afirmou que “esses resultados sugerem que o colesterol flutuante, medido anualmente, pode ser um novo biomarcador para identificar pessoas em risco de demência, fornecendo mais informações do que os níveis reais de colesterol medidos em um único ponto no tempo.”

Fatores que contribuem para o aumento

Diversos fatores podem elevar os níveis de LDL, incluindo:

  • genética;
  • sedentarismo;
  • alimentação inadequada;
  • obesidade;
  • diabetes;
  • hipertensão arterial sistêmica;
  • tabagismo.

Como monitorar e gerenciar os níveis de colesterol para prevenir a demência?

Diante dessas evidências, é fundamental monitorar regularmente seus níveis de colesterol, prestando atenção especial às variações ao longo do tempo.

Intervenções podem incluir mudanças no estilo de vida, como adoção de uma dieta equilibrada, prática regular de exercícios físicos e, quando necessário, uso de medicamentos, como estatinas, para estabilizar os níveis de colesterol.

A prevenção é fundamental, e consultas médicas regulares desempenham um papel crucial na detecção precoce e no controle dos fatores de risco para a demência.

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