Refúgio no Pantanal é eleito um dos melhores hotéis do mundo

Uma hospedagem no Pantanal foi a única representante brasileira citada na chamada “lista de ouro” da tradicional revista americana “Condé Nast Traveler“. A publicação incluiu a Caiman Pantanal, um refúgio ecológico em Miranda(MS), no rol de 72 hotéis e resorts do mundo que são destaques para conhecer em 2025.

A “lista da ouro” é publicada pela Condé Nast Traveler há 31 anos e o seu objetivo é eleger as melhores hospedagens considerando todos os continentes. Para chegar até a seleção final, os editores utilizam critérios como gastronomia, exclusividade e atrativos da hospedagem e da região onde ela se encontra.

Área comum da Pousada Caiman Pantanal, em Miranda (MS)

De acordo com a revista, quando Caiman Pantanal foi fundada, muitos turistas rejeitavam a região por causa dos mosquitos. “Mas a percepção dos viajantes hoje é outra”, apontou.

“Ao habituar as onças ao som dos motores dos veículos, a ONG Onçafari aumentou os avistamentos dos predadores ameaçados na propriedade. Faça um passeio de carro, acompanhe equipes de conservação e ande a cavalo pelas florestas em terrenos (em grande parte) sem cercas, enquanto vivencia a rotina de uma fazenda de gado em funcionamento”, diz o artigo assinado pela jornalista Sarah Marshall.

Hospedagem Casa Caiman vista do alto

A profissional compara a Caiman Pantanal com os resorts luxuosos do Delta do Okavango, em Botsuana, na África. A vantagem da hospedagem brasileira, segundo ela, é sua tranquilidade, uma vez que não reúne uma multidão de turistas como o destino africano. 

Caiman, um refúgio ecológico no Pantanal 

A Caiman está situada em uma área de mais de 53 mil hectares, onde mais de 10% é uma reserva destinada à preservação do bioma do Pantanal. As luxuosas acomodações incluem suítes e vilas privativas, buscando reunir conforto, gastronomia de excelência e contato com a natureza em formato de um ecoturismo sustentável.

Observação de Araras-Azuis dentro da Caiman Pantanal

Roberto Klabin, proprietário e fundador, entende que o fator que realmente impressionou a jornalista foi a biodiversidade local e o trabalho de conservação e recuperação do bioma realizado ali. “Foi uma honra e uma surpresa ver a Caiman nesta lista. Entendo que ela está ali porque faz um trabalho importantíssimo de preservação da biodiversidade através de vários projetos instalados dentro do território dela”, afirma.

Dentro da Caiman está a sede da ONG Onçafari, citada por Sarah Marshall, iniciativa pioneira que promove a conservação no Pantanal por meio de um safári fotográfico diferente, em que os grandes felinos e outros animais não perdem suas características selvagens, mas deixam de enxergar os veículos de safári como uma ameaça.

Trilha dentro da Caiman Pantanal

Alguns dos outros projetos dentro do refúgio ecológico são o Instituto Arara Azul, o Projeto Papagaio-Verdadeiro, o Instituto Tamanduá e o Projeto Tapirapé (que cuida da proteção das antas), que buscam preservar e recuperar estas espécies. 

Para Bruno Wendling, presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur-MS), a conquista coloca em evidência as importantes ações realizadas dentro do espaço, aliando o turismo e a proteção do meio ambiente.

Onça pintada dentro do território da Caiman Pantanal

“Esse reconhecimento é merecido pelo belo trabalho que a Caiman vem realizando, especialmente com as ações de conservação, apoiando projetos importantes e contribuindo ativamente para um turismo mais responsável, regenerativo e ofertando experiências únicas e incríveis”, finaliza.

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