Filhotes de gambá são soltos na natureza meses após mãe ser atropelada na RS-122

Sete filhotes de gambás foram reintroduzidos na natureza dois meses após terem sofrido um acidente na RS-122, na Serra gaúcha. Os animais foram soltos em uma área de mata nativa, próxima ao local de origem deles e com características ambientais semelhantes de onde foram resgatados.

Animais soltos pela CSG são da espécie gambá-de-orelha-branca, resgatados após um atropelamento em novembro do ano passado | abc+



Animais soltos pela CSG são da espécie gambá-de-orelha-branca, resgatados após um atropelamento em novembro do ano passado

Foto: Divulgação

Em novembro do ano passado, os bichinhos, da espécie gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) foram salvos depois que a mãe deles foi atropelada na rodovia. Eles foram recolhidos de dentro da bolsa marsupial da fêmea.

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Conforme a Concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), eram oito filhotes, mas um não resistiu. Os outros foram encaminhados para atendimento veterinário e permaneceram em acompanhamento até estarem prontos para retornar à natureza.

A soltura dos gambazinhos foi feita pelo CSG em parceria com o Instituto Hospitalar Veterinário (IHVET) da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e com o Comando Ambiental da Brigada Militar.

A ação faz parte do Programa de Proteção e Monitoramento da Fauna, que integra o Plano Básico de Gestão Ambiental (PBA) da concessionária. O projeto também atende a Licença de Operação emitida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luís Roessler (FEPAM).

Preservação da biodiversidade

Responsável técnico do Zoo e Centro de Atendimento Emergencial de Animais Silvestres (CAE/IHVET) da UCS, o professor Gabriel Guerreiro Fiamenghi afirma que a reintegração de animais silvestres à natureza é uma ação fundamental para a preservação da biodiversidade.

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“Ao devolver esses animais aos seus habitats naturais, ajudamos a manter o equilíbrio dos ecossistemas e a assegurar a continuidade das espécies. Essa prática não só contribui para a recuperação das populações de fauna, mas também fortalece a diversidade biológica, essencial para o bom funcionamento dos processos naturais, assim com a saúde de todo o meio ambiente”, ressalta.

Após a constatação de um animal ferido na pista, uma viatura de inspeção de tráfego vai até o local para o manejo e encaminhamento ao atendimento veterinário.

Atropelamento de animais

Conforme a concessionária, desde o início da concessão do bloco três de rodovias, 17 animais foram resgatados e encaminhados para atendimento veterinário. Destes, 11 foram devolvidos à natureza. Um gavião e um quati não puderam retornar aos seus habitats naturais e foram integrados ao Jardim Zoológico da UCS.

O impacto dos atropelamentos de animais nas áreas de influência das rodovias concedidas no Vale do Caí e na Serra Gaúcha são mapeados pelo Programa de Proteção e Monitoramento da Fauna. A iniciativa procura propor medidas para a redução ou eliminação da mortalidade da fauna silvestre nas estradas administradas pela CSG.

Como agir nesses casos

Ao se deparar com um animal atropelado na rodovia, os motoristas podem acionar o Centro de Controle Operacional pelo telefone 0800 122 0240.

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