“Eu quase morri 6 vezes”: Conheça a história do jovem que perdeu os movimentos do corpo após sentir dor na nuca

“Perdi os movimentos do corpo do nada e essa é minha história”, descreveu o jovem Pedro Marques, de 24 anos, na legenda do primeiro vídeo que postou nas redes sociais para contar a todos o que aconteceu com ele.

Pedro Marques perdeu movimento do pescoço para baixo após sentir dores fortes na nuca | abc+



Pedro Marques perdeu movimento do pescoço para baixo após sentir dores fortes na nuca

Foto: Redes Sociais/Reprodução

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Do dia para a noite, o rapaz perdeu todos os movimentos do pescoço para baixo, ficando tetraplégico. Ele ainda passou mais de 120 dias internado no hospital. “Eu quase morri 6 vezes”, contou ele no TikTok, onde compartilha a rotina, sobre os dias de internação.

Tudo começou com dores na nuca

Em abril do ano passado, Marques estava no shopping, em Maringá, no Paraná, quando sentiu dores fortes na nuca. Até aquele momento, ele não pensava ser algo sério. “Eu era apenas um jovem dando início à vida adulta, me formando na faculdade, morando sozinho e adquirindo a minha independência financeira”, escreveu ele na descrição da vaquinha online, onde arrecada dinheiro para continuar os tratamentos.

No mesmo dia, Marques foi ao hospital e foi medicado com uma bolsa de soro com analgésico. Foi então que tudo mudou. “Quando terminou o medicamento, meu corpo paralisou”, explicou ele. “Eu senti desligando as pernas, depois os braços. Aí eu caí com tudo em cima da poltrona do hospital.”

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O jovem foi levado para outro hospital, onde foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Após exames, os médicos descobriram que Marques tinha uma lesão na nuca. “Eu tive um sangramento na medula, desde a C2 até a C4”, afirmou.

Marques passou 80 dias na UTI e mais 25 na enfermaria. “Na UTI, eu passei por várias coisas, eu quase morri 6 vezes”, disse ele. O jovem também precisou usar respirador e diversas sondas, que atualmente não são mais necessárias. 

Desde setembro, Pedro Marques está em casa. Apesar de muitos exames feitos, o jovem ainda não sabe como surgiu o sangramento na medula.

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Ajuda para a recuperação

O jovem, que morava sozinho, agora está com os pais e a irmã mais nova, de 13 anos, que se mudaram para ficar próximos a ele. A única renda da casa é do pai, que é motorista de ônibus.

Até o início deste ano, o tratamento de Marques era praticamente todo coberto pelo plano de saúde. Porém, isso deixou de ser uma realidade. Com os cortes, o jovem, que usava o tratamento homecare, deixou de ter acompanhamento 24 horas por uma fisioterapeuta e outros profissionais.

Atualmente, ele faz fisioterapia por apenas duas horas por dia, em uma clínica particular, com a qual conseguiu fechar uma parceria.

Para conseguir continuar em um tratamento intensivo, buscando recuperar os movimentos, Pedro Marques abriu uma vaquinha online, no site Kickante. O jovem busca arrecadar R$ 150 mil. Até o fechamento desta matéria, R$ 510 já foram doados.

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