Segunda etapa de reforma do dique de Novo Hamburgo se aproxima do fim

Durante a semana passada, a obra de recuperação do dique de contenção de cheias de Novo Hamburgo avançou com o fim da limpeza da vegetação interna. Nos próximos dias está previsto o começo da limpeza na área externa. Estas ações precedem a colocação de argila compactada, medida necessária para recuperar a altura perdida durante as enchentes de maio.

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Limpeza da vegetação é a etapa que antecede o começo de recuperação da altura do dique | abc+



Limpeza da vegetação é a etapa que antecede o começo de recuperação da altura do dique

Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial

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Engenheiro da prefeitura de Novo Hamburgo, Dalmar Locateli Verdade é quem está acompanha o trabalho da Construsinos, responsável pelo serviço de recuperação. “Estamos iniciando a limpeza da vegetação da parte externa por estes dias e depois começará a colocação de argila sobre as superfícies laterais do dique. O prazo [de conclusão] é de quatro meses, e, por enquanto, está dentro deste prazo.”

O contrato de R$ 5,38 milhões com a Construsinos foi assinado no final de dezembro de 2024, com as obras iniciadas na primeira semana de janeiro.

Recuperação

Todo trabalho de recuperação foi definido após a finalização de um relatório feito pela empresa Analysis que, ainda em 2024, avaliou os danos sofridos pelo dique durante as enchentes de maio. Durante o levantamento foi constatado que o sistema de proteção não sofreu qualquer dano estrutural, contudo, o local não passou incólume pela tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul em maio do ano passado.

A conclusão do estudo foi de que o principal prejuízo para o dique de contenção se deu em razão do período em que o local foi liberado para transporte de caminhões pesados. Essa movimentação atípica acabou levando a uma redução na altura do sistema de proteção, que precisará ser recuperado para voltar à capacidade original de contenção.

Elevação depende do Estado

No dia 3 de maio do ano passado, o sistema de proteção às cheias em Novo Hamburgo colapsou após o Rio do Sinos subir acima de 9 metros, transbordando o dique de proteção da cidade, projetado para uma cota de 8,8 metros. A situação não foi exclusividade de Novo Hamburgo, mas a repetição em outras cidades levou a questionamentos sobre a necessidade de elevação de diques.

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Na conclusão da Analysis foi apontado que, em Novo Hamburgo, antes de discutir a elevação do dique, é preciso avaliar o novo nível do Rio do Sinos em razão dos sedimentos acumulados em razão das cheias. Além disso, em função dos custos elevados e da necessidade de se fazer um trabalho em conjunto com outras cidades, o investimento para este projeto deverá vir de outras esferas de governo.

Uma cópia do relatório da Analysts foi entregue ao vice-governador Gabriel Souza (MDB). Assim, caberá ao governo do Estado avaliar como atuar para melhorar o sistema de proteção à enchentes em Novo Hamburgo e outras cidades da região.

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